quarta-feira, 22 de abril de 2015
Campanhas: chantagem e suborno em troca de ilusão
Termina um ano, começa outro e só aumenta a quantidade de gente interessada em receber algum favor divino como pagamento de sacrifícios com os quais Deus não tem nenhum vínculo.
Esta cultura de troca com Deus tem ganhado raízes tão fortes entre os que se dizem cristãos que as chamadas “campanhas” dominam as agendas das igrejas que por sua vez vendem a ilusão de que é possível determinar o que Deus deve fazer e quando Ele deve fazer.
Sacrifícios esotéricos como os “12 dias de clamor” ou os “21 dias de jejum” não passam de tentativa de chantagem contra Deus quando são oferecidos como as chaves que dão acesso ao lugar em que Deus retém as bênçãos daqueles que apenas entram em secreto em seus quartos e em secreto apresentam seus pedidos ao Pai. Ninguém chantageia a Deus!
Criar a falsa ideia de que quem assume compromissos financeiros como os “carnês dos valentes” ou “envelopes da semeadura” conquista o direito de receber algo de Deus é transformar em oferenda o que poderia ser uma oferta, que deveria se basear unicamente em amor e generosidade. Talvez seja uma tentativa de subornar a Deus. Ninguém suborna a Deus!
Isso sem mencionar a quantidade absurda de amuletos e patuás supostamente consagrados que devem ser comprados para que se possa levar a presença divina para casa. Isso é idolatria.
O que ninguém conta é que todos estes meios, e outros não mencionados, são meros artifícios que visam atender os desejos puramente humanos que Deus, em Jesus Cristo, nos ensinou que deveríamos combater. Seja no papel do líder que adota estas práticas para encher os templos e os cofres da igreja (além dos próprios bolsos), ou no papel do membro que se submete ao papel de buscar atalhos para as bênçãos de Deus em vez de tão somente aguardar pela vontade divina que é boa, perfeita e agradável. Todos estão na contramão do que nos ensinou Jesus. E isso é mal!
Observe como a quantidade de pessoas que estão presas em falsas expectativas, vivendo iludidas por causa de promessas mentirosas que só geram frustração, aumenta na mesma proporção em que as igrejas que deveriam se ocupar de pregar o evangelho de Cristo perdem tempo com crendices antibíblicas.
Poucos são os que percebem as armadilhas por trás dos supostos sacrifícios de fé. Estão ocupados demais em construir e manter um sistema que satisfaça o próprio orgulho e alimente a própria ganância para serem fiéis e obedientes a Palavra a fim de que venha sobre nós o Reino de Deus.
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