quarta-feira, 22 de abril de 2015
Identidade, conclusão
É preciso concluir o assunto do último artigo observando a diferença entre ser e estar. Mesmo não sabendo claramente quem somos, estamos neste mundo. E esta estada define quem seremos e onde estaremos.
No princípio, a humanidade foi criada a imagem e semelhança de Deus [Gênesis 1:27], mas o pecado a condenou imediatamente à morte [Genêsis 3:22, Romanos 5:12], a separou de Deus [Isaías 59:2] e a afastou completamente da Glória de Deus [Romanos 3:23].
Desde então, alma humana sofre profundamente por este afastamento de Deus [Salmos 42]:
Há um vazio com o formato de Deus no coração de cada pessoa, e ele não pode ser preenchido por nada que tenha sido criado. Este vazio só pode ser preenchido por Deus, que se faz conhecido através de Jesus Cristo. — Blaise Pascal
Depois do pecado este é o estado da humanidade. Expulsos do paraíso, sentimos – e de fato estamos – como andarilhos, peregrinos à procura de seu destino [1 Pedro 2:11] em um mundo que não é o que Deus fez inicialmente para nós, e é só em Cristo que encontramos o caminho de volta para Deus [João 14:6].
Quando aceitamos esta realidade e nos tornamos amigos de Cristo [João 15:15] somos adotados como filhos por Deus [Efésios 1:5], nos tornamos um com Cristo [Gálatas 3:26-28] e somos separados deste mundo [João 17:16].
Deixamos de estar como andarilhos perdidos e sem destino, passamos a estar neste mundo como uma nação santa [1 Pedro 2:9,10] com o objetivo de temperar, conservar (sal) e iluminar (luz) este mundo [Mateus 5:14], nos descobrimos escolhidos por Deus para dar frutos [João 15:16].
Mas, ainda assim, estaremos em uma condição temporária, pois quando vier o que é perfeito [1 Coríntios 13:9,10] veremos a Cristo face a face [1 Coríntios 13:12], seremos remidos de toda maldade [Tito 2:14] e conheceremos nosso novo e verdadeiro lar preparado por Jesus [João 14:1-4].
Algumas questões aos amigos cristãos
Vocês tem lido a Bíblia? Como vocês tem lido a Bíblia? Que Bíblia vocês tem lido?
Estas são perguntas sérias, que também incomodam a mim, mas que precisam ser respondidas todos os dias por nós mesmos e para nós mesmos.
Considere como exemplo o que vemos todos os dias nas redes sociais, parece que poucos são os que lêem alguma Bíblia, a maioria não passa impressão melhor que a de ser um mero papagaio a repetir chavões heréticos de discursos triunfalistas ou de músicas que se dizem cristãs enquanto deturpam vergonhosamente o evangelho puro e simples de Cristo.
A maioria, se lê a Bíblia, parece que a usa apenas como instrumento pra massagear egos, alimentar orgulhos e obter vantagens pessoais. Usam a Bíblia como argumento pra satisfazerem a si e aos outros, tudo o que lêem parece desviado, pois apontam para si, nunca pra Cristo.
Parece até que existem Bíblias “self-service” (você escolhe o que quer), e que estas são maioria nas mãos de quem se diz cristão. Algumas destas Bíblias só tratam de prosperidade, outras só tratam de poder, algumas tratam de caridade, mas parece que poucas, ou nenhuma trazem a Cristo, seu evangelho, a obra da salvação e muito menos a condenação eterna dos que não tiverem sido atraídos a Cristo, pela graça, sem mérito algum, mediante a fé como dom de Deus e pela obra do Espírito.
Reflitam sobre o que chamam de fé, pensem em quem vocês tem chamado de Deus.
Parem de perseguir quem denuncia a corrupção dos falsos evangelhos pregados em igrejas que mais parecem fazendas de gado pra abate.
Não tentem calar as vozes que tem clamado no deserto, denunciando o pecado e chamando ao arrependimento. Chega de ameaçar os “profetas” que combatem a idolatria aos postes-ídolos. Não acabe como alimento dos cães!
O evangelho é, também, denúncia. É dedo na cara de todos os homens que pensam ser alguma coisa em si mesmos. É denúncia contra pecado que afasta o homem de Deus. É denúncia contra o engano da idolatria e de qualquer culto que não envolva a Deus. E denúncia contra quem tenta roubar a glória de Deus para si. O evangelho é mensagem de amor, mas também é alerta para o juízo.
Cresçamos em graça, sejamos despenseiros desta graça que manifesta a salvação por Cristo, sem jamais concordar, apoiar ou defender o erro ou quem erra.
Afinal, a Bíblia é mesmo nosso único guia de fé e prática?
O Pai sobre todos os pais
Tem coisas que só um pai pode fazer por um filho e todo filho sabe disso.
Humanidade é carência. Carência de sentido e significado, de propósito e causa, de direção e liberdade, de desafio e paz, de amor que cuida e repreende, de perdão e perdão de pecados. A sensação de ser incompleto e o desejo por algo que não se sabe é comum a todos. Toda a humanidade tem consciência da falta de alguma coisa, de estar separada de algo importante e por isso todos nós, tão logo criamos consciência do que somos descobrimos que estamos muito distantes do que deveríamos ser. Vivemos em função de nossas carências, vivemos em busca de preencher este vazio que tanto incomoda nossa alma.
Há um vazio com o formato de Deus no coração de cada pessoa, e ele não pode ser preenchido por nada que tenha sido criado. Este vazio só pode ser preenchido por Deus, que se faz conhecido através de Jesus Cristo. — Blaise Pascal
Tentamos nos enganar buscando em coisas ou nos outros a satisfação desta nossa necessidade quando nenhuma coisa, pessoa ou condição pode nos preencher de verdade. Culpamos os outros por nos sentirmos frustrados em todas as nossas tentativas de preencher este vazio e dificilmente reconhecemos que sozinhos estamos condenados a falhar miseravelmente em resolver nossas carências e crises existenciais. Somos nosso maior problema e certamente não está em nós a solução.
Todas as nossas carências, frustrações e insatisfações só podem ser supridas, resolvidas e curadas com a ajuda de um pai, mas um Pai especial, o Pai eterno revelado por Jesus Cristo, seu filho.
Somente por meio de Cristo manifesta-se a Graça que nos torna filhos de Deus por adoção. Somente por meio de Cristo temos acesso ao Deus que com amor inexplicável nos amou e entregou Seu único filho para que nossa sentença de morte fosse cumprida e transformada em vida eterna. Somente por meio de Cristo conhecemos o Pai nosso que está nos céus, aquele que supre todas as nossas necessidades em glória e conforme a Sua boa, perfeita e agradável vontade. Somente por meio de Cristo temos todas as nossas carências transformadas em plena satisfação, pois por ele conhecemos o Abba Pai que nos justifica e regenera com amor e graça que jamais poderemos retribuir, apenas agradecer.
Livra-nos do mal. Amém!
Todo ser humano é mal, nasce e morre mal, a menos que encontre Deus e este, segundo a Sua vontade, o livre do mal.
A Bíblia, a Palavra de Deus, não dá a qualquer humano o direito de se dizer bom. Somente Deus é bom [Lucas 18:19]. Não existe ninguém que possa declarar-se justo [Romanos 3:10], não há ninguém que seja capaz de praticar a justiça ou qualquer ato de bondade por conta própria, ao contrário, todos somos naturalmente maus [Gênesis 8:21], pecadores e inimigos de Deus [Colossenses 1:21] e como tal, todos nascemos condenados à morte e nossa tendência natural a negar esta verdade, não passa de confirmação do quanto somos maus.
O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal. — Gênesis 6:5
Rejeitamos o que Deus diz sobre nossa natureza, substituímos a verdade divina sobre a nossa realidade por conceitos mais agradáveis e convenientes a nossa maldade e ego orgulhoso, recusamos a realidade do juízo divino sobre a nossa rebeldia e nos fantasiamos de vítimas das circunstâncias porque no fundo é mais fácil aceitar uma imagem que criamos do que encarar a realidade de nossas ruindades e o destino que nos espera se não tivermos a misericórdia de Deus. O Inferno é uma realidade!
Ninguém vai para o inferno. Alguns saem dele. — João Calvino
Rejeitamos a Deus, porque a santidade dEle ofende profundamente nossa humanidade, substituímos Deus por um ídolo criado por nós mesmos e que existe para nos servir, nos agradar e ignorar ou aprovar a nossa maldade. Tentamos nos defender de qualquer acusação acusando aos outros, tentamos justificar nossos erros apontando erros que consideramos maiores nos outros.
Estamos trocando tudo de lugar, invertendo e abrindo mão de valores eternos, tudo isso dentro das igrejas e usando o nome de Deus. Em nosso contexto de falsa religiosidade, mentira é chamada de palavra profética, roubo é tomar posse, trapacear é ter estratégia, ser ganancioso é exigir o melhor de Deus, cobiçar a mulher do próximo (Deus) é desejar o episcopado, ser mal é ter poder! Cadê Deus nisso tudo? O homem está no centro e sua maldade é seu guia.
É hora de reconhecermos o estado miserável de nossa humanidade, a distância que nos separa de Deus e nos faz o extremo oposto do que Deus quer de cada um de nós como humanos, Jesus Cristo. Foi em Cristo que Deus manifestou Sua infinita misericórdia e Sua maravilhosa graça. Por meio de Cristo, fomos alcançados para um novo nascimento, uma nova realidade e uma nova vida, vida de verdade, vida em abundância, vida sem maldade. Em Cristo, Deus é o Pai nosso, o Abba, que nos acolhe como filhos e nos livra do mal, do nosso mal.
Fraqueza
É fácil ser cristão dentro da igreja, no meio de irmãos que compartilham da mesma fé e amor. Difícil é permanecer cristão fora da igreja, entre gente odiosa, má e mal educada.
Confesso que na absoluta maioria das vezes perco para as provocações. E se assim como o apóstolo Paulo, todos temos e lutamos contra um espinho na nossa carne para evitar que sejamos tomados pelo orgulho e arrogância, o meu pode bem ser este, perder o controle quando provocado pela ruindade dos outros.
Não que eu não tenha motivação em Deus ou não tente seguir o exemplo de Jesus Cristo. Mas, é que a prática nem sempre é tão simples quanto parece na teoria, nos discursos e nas pregações, estamos em um processo continuo em que somos desafiados todos os dias, às vezes vencemos, outras vezes perdemos e aprendemos alguma lição, mas não crescemos nem amadurecemos de uma hora pra outra, leva tempo.
Ainda assim, somos humanos e por mais que nos esforcemos, o máximo que conseguimos é imitar a Cristo, ou como disse C.S. Lewis, apenas fingimos ser Ele já que jamais poderemos nos tornar em Cristo, já que Ele é o Filho de Deus, o Criador, e nós somos meras criaturas. Não somos Deus, somos seres separados de Deus pelo Pecado e pela nossa natureza, em constante conflito com a nossa carne.
Quando leio o apóstolo Paulo confessando aos cristãos em Roma sua própria luta entre a carne e o espírito, sobre o querer o bem, mas fazer o mal, ou ainda quando leio o mesmo apóstolo contando aos cristãos em Corinto sobre um “espinho” posto em sua carne para não ser tomado pelo orgulho, entendo o alerta de John Blanchard de que se nosso cristianismo é confortável, está comprometido.
Somos simples vasos de barro [2 Coríntios 4:7] de todos os lados pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos [2 Coríntios 4:8-9], absolutamente nada pode nos separar do amor de Deus, seja tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada [Romanos 8:35], e todas estas coisa são dom de Deus [Efésios 2:8] e não possuímos nenhum mérito nisto, seja por fazer ou deixar de fazer qualquer coisa [Efésios 2:9].
Neste mundo temos aflições e Jesus nos avisou que deveríamos ter bom ânimo [João 16:33], com isto temos certeza de que desistir não faz parte do plano de Deus para a nossas vidas, podemos falhar, mas o poder de Deus se aperfeiçoa nas nossas fraquezas [2 Coríntios 12:9].
Assumo minhas fraquezas porque não tenho interesse em parecer um “super cristão” por que este tem seu prêmio nesta vida, mas também não me orgulho dos meus erros, pois não quero ser um “falso cristão” que não tem prêmio algum, nem na vida além, me esforço para deixar para trás certas coisas e prosseguir a carreira, mesmo assim continuo sendo humano e falho, mas um humano muito grato a Deus pela sua maravilhosa e irresistível Graça, a Graça que nos basta.
Acusadores
Surge uma polêmica e logo aparecem os acusadores, gente cheia de razão falando um monte de coisas que não dizem absolutamente nada sobre a relação entre Deus e a humanidade.
Antecipo aqui o objetivo deste artigo, não há nenhuma intenção de questionar ou criticar o posicionamento de qualquer pessoa que se apresente com a aparente intenção de defender os valores da família com base nos princípios cristãos. O objetivo exclusivo deste é compartilhar uma reflexão sobre como certos procedimentos adotados nestas defesas podem resultar em oportunidades perdidas de revelar ao mundo o alcance da Graça de Deus e o valor do sacrifício de Cristo.
Será que a nossa razão aumenta com o volume de nossas vozes, será que nos tornamos mais convincentes ou espiritualmente mais poderosos quando gritamos? Será que para alertar o mundo sobre sua condição é preciso impor em vez de expor a Palavra de Deus? Ou será que, ao contrário do que parece, quando agimos assim ou concordamos com quem age assim, não passamos de um bando de acusadores, confortáveis em apontar o dedo para os outros com a intenção de deixá-los em evidência enquanto tentamos nos ocultar dos outros e de Deus.
Estamos tentando proclamar o Deus de amor atacando nossos próximos como se fossem inimigos, mas eles não são [Efésios 6:12], e não são poucas as vezes em que descarregamos toda a nossa fúria, nossos gritos e apontamos nossos dedos não para defendermos a verdade, mas porque tentamos esconder nossas mentiras!
Não é nada sábio, para nós cristãos, esquecermos que o apóstolo Paulo que nos instrui sobre a influência da natureza pecaminosa do homem nas questões sexuais gerando tanto o adultério e a fornicação, quanto as práticas homossexuais, é o mesmo que nos deixou instruções sobre como devemos defender as verdades bíblicas:
Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade. — 2 Timóteo 2:24-26 (NVI)
Muita gente inocente já sentiu na pele a fúria e o julgamento de líderes religiosos hipócritas. Até mesmo Jesus Cristo foi desprezado por ser considerado bastardo pelos líderes religiosos de sua época que acusavam sua mãe de ser adúltera. Curiosamente o apóstolo João registrou [João 8: 1-11] que um dia, estes mesmos líderes levaram até Ele uma mulher adúltera para ser julgada. Bom, se isto não for hipocrisia é uma coisa bastante parecida. O que Jesus fez? Não levantou nenhum dedo de acusação, nem exerceu juízo, quer sobre aquela mulher e muito menos sobre seus denunciantes, antes constrangeu cada um dos acusadores daquela mulher pedindo para que consultassem suas próprias consciências. Jesus sabia que todos ali tinham seus pecados, mesmo que nenhum deles fosse adúltero como a mulher que acusavam. Aos poucos, todos saíram da presença de Jesus, cabisbaixos, sem qualquer argumento para acusar nem a Jesus, nem aquela mulher. E no fim, ela foi perdoada enquanto seus acusadores permaneceram reféns de suas culpas.
Quem é nosso exemplo? A quem estamos imitando? Onde ou quando foi que deixamos de lado a Graça de Deus para começarmos a apontar dedos e acusar? Se seguíssemos o exemplo de Jesus não tenho dúvidas de que teríamos muito mais pessoas constrangidas ao arrependimento do que revoltadas com a agressividade de alguns líderes religiosos que se defendem dizendo que “a verdade provoca a ira de quem é confrontado por ela”. Quando a verdade é exposta com amor pode até provocar raiva em quem a ouve, mas jamais manifestará ódio em quem a apresenta, o que provoca isto é a insegurança.
A intolerância pode ser aproximadamente definida como a indignação dos que não têm opinião. — G. K. Chesterton
A convicção é algo tão distante da intolerância quanto a humildade é próxima de quem age com tolerância! Não acredito que conseguimos empurrar qualquer verdade bíblica “goela abaixo” em ninguém, mas, em muitos casos, apenas conseguimos convencer pelo exemplo. Por mais difícil que possa ser controlar os nossos ânimos, não é coerente desperdiçarmos a manifestação legítima do fruto do espírito, por meio da mansidão [Gálatas 5:19-23], pois assim como “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” [Provérbios 15:1], a agressividade só pode afastar as pessoas ainda mais da verdade.
Não se trata de apoiar o erro, mas de saber lidar com quem erra. Até porque, muitos dos ditos cristãos que se enfurecem contra o pecado dos outros apenas privam os outros da Graça de Deus que eles mesmos receberam sem merecimento algum! O que difere uma pessoa que carrega em si, em seu corpo e sua mente, as consequências de uma humanidade decaída e em degeneração como herança do pecado original sendo homossexual de outra que é mentirosa, adultera, desonesta, pervertida, fofoqueira, viciada, maledicente ou ainda julgadora e que estimula o ódio e a confusão? “Quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus?” [Romanos 2:3], pecado por pecado, todos somos culpados.
Certas atitudes apenas denunciam o quanto esquecemos ou ignoramos a misericórdia de Deus que um dia nos livrou de nossos próprios pecados. Pecados que estavam incrustados em nossa natureza pecaminosa e que a qualquer momento podem se manifestar por meio da nossa carne com a qual lutamos a todo instante [Gálatas 5:17]. Quantos hoje, pela misericórdia de Deus, não estão livres do alcoolismo, do tabagismo, do vício em drogas, prostituição ou jogos e agora apontam os dedos aos que ainda não foram libertos? Será que quando agimos assim somos mesmos libertos ou apenas trocamos de escravidão [Gálatas 5:11] servindo a religiosidade?
É trabalho do Espírito Santo convencer, de Deus o de julgar, e o meu é o de amar. — Billy Graham
Não podemos concordar com o pecado, seja qual for, mas também não temos o direito de tentarmos impedir, com a nossa grosseria, que as pessoas conheçam a Graça de Deus que sempre supera qualquer pecado [Romanos 5:20], constrangendo e manifestando o arrependimento. Não temos permissão para proferirmos ou executarmos qualquer sentença, antes, cabe a nós sermos reflexos da Graça e do amor de Deus que se manifestou na Cruz, onde seu filho Jesus Cristo morreu por todos.
Pecado
Pecado, um assunto que abordamos muito mais quando diz respeito aos outros. Talvez, a ilusão de que estamos livres de cometer os erros dos outros nos torne cegos quanto ao que todos nós somos: pecadores.
Particularmente, gosto de como Paulo trata deste assunto na metade inicial da carta enviada aos Romanos, esclarecendo questões importantes sobre o assunto. Nesta parte da carta, Paulo usa dois termos: pecados [Romanos 1 a 5:11] e pecado [Romanos 5:12 a 8:38]. Mas, porque esta diferença? Paulo inicia mostrando que a humanidade comete pecados, no plural e em seguida expõe o que realmente somos diante de Deus, pecado, no singular.
Conforme o que Paulo expõe, quando lemos pecados, entendemos que ele se refere as nossas atitudes e comportamentos que ferem a vontade de Deus, já quando lemos pecado trata-se da nossa natureza corrompida e em processo de degeneração que nos estimula ao que é mal.
É como se fossemos os ramos de uma árvore cuja raiz é o pecado e os pecados fossem os frutos que produzimos por estar nesta árvore. Enquanto estamos nesta árvore produzimos apenas o que é próprio da nossa natureza, da nossa carne, conforme Paulo, apenas o que é mal [Gálatas 5:19,21] e se pecados são os únicos frutos da minha natureza, pecado é o que eu sou!
Por isso, pecado é algo que está além do que é moral, até porque, sejamos sinceros quanto a nossa capacidade de estabelecer graus de gravidade para certos pecados conforme nos é conveniente, não são raras as vezes em que não consideramos pecado matar ser for em defesa própria, mentir se for para manter o emprego ou roubar desde que sejam impostos que não achamos justos. Selecionamos o que é pecado para satisfazer a nossa natureza e nosso ego, faz parte do nosso ser, faz parte do que nos torna completamente distantes e diferentes de Deus.
Tanto a nossa maldade nos separa de Deus [Isaías 59:2] quanto o que somos nos garante nada menos que a morte [Romanos 5:12] e no fim não há ninguém, nenhum humano, que possa se excluir desta condição [1 João 1:8]. O cenário não é nada favorável porque, para Deus, não há diferença alguma entre um mentiroso e um assassino e nenhum dos dois é mais, ou menos, pecador do que um fanático religioso que vive de acusar aos outros de pecados que ele mesmo comete em segredo [Romanos 2:1].
Mas, graças a Deus, que nos deu uma chance, um meio nos tirar desta condição e nos livrar de toda condenação [Romanos 8:1], Jesus Cristo, que com sua morte [Romanos 5:8] nos fez nascer de novo em Deus [1 João 5:18], nos tirou da árvore do pecado e nos enxertou [Romanos 11:17-24] em si próprio que é a videira [João 15:5] cuja raiz é santa [Romanos 11:16] e produz em nós um fruto diferente da nossa natureza, o fruto do Espírito [Gálatas 5:22-23] que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Pecado é pecado, doa em quem doer
A humanidade é naturalmente má. Não há nada no homem que o leve a buscar por Deus. Desde o começo dos tempos tem sido assim e não há indícios de que isso tenha mudado. Se fôssemos deixados à própria sorte, é certo que ninguém, em toda a história da humanidade, teria mais que o juízo e a ira de Deus, apenas por existir.
Todos pecamos e, mais que isso, todos somos pecado. Nenhum ser humano possui a menor capacidade de ser mais que o extremo oposto da perfeita e soberana natureza divina e, por mais que nosso orgulho nos leve a pensar o contrário, a realidade da nossa natureza humana, decaída e degenerada, não passa de vapor diante da grandeza e da santidade de Deus. Toda a humanidade por si só é cheia de vazio e escuridão, condenada ao inferno e a danação eterna.
Cada ser humano, em todas as dimensões de tempo e espaço, tem participação na rebelião do homem Adão. A humanidade que afrontou à Deus no Éden, na tentativa de ser deus, continua a confrontá-lo todos os dias e em todos os lugares, seja publicamente ou no mais profundo da sua alma. Constantemente, todos os seres humanos, sem exceção, desobedecem à Deus como num eco que repete o desejo de tornar-se como Deus, de conhecer e dominar o bem e o mal.
Todos os dias, a rebelião renasce em novas mordidas no fruto e, humanamente, a dor que deveria gerar arrependimento é anestesiada pelo conforto de transferir a responsabilidade à terceiros, assim como Eva fez com a serpente e Adão com Eva. A culpa é sempre do outro, quando não é de algum demônio ou espírito maligno a culpa é de Deus mesmo.
O pecado que deveria revelar a nudez da humanidade diante de Deus, foi banalizado quando começamos a costurar folhas para cobrir as vergonhas dos outros a fim de também costurem folhas para cobrir as nossas vergonhas.
Surge assim um processo de ressignificação do pecado, em que se atribui escala de valor e importância para o pecado a fim de eliminar o arrependimento do outro e criar um padrão de tolerância que alivie a consciência coletiva diante do erro. Nos tornamos cínicos, convencionamos que o pecado não é mais pecado, que o inferno é uma mitologia, a eternidade uma utopia, a graça de Deus desnecessária e o sacrifício de Cristo inútil. Deixamos de tratar pecado como pecado, eliminamos a ação do Espírito Santo, que mais do que manifestar obras sobrenaturais, nos convence do pecado da justiça e do juízo. Invertemos ou subvertemos valores que deveriam ser inegocíáveis, trocamos o bem pelo mal e não fazemos mais que o desejo da nossa natureza má, degenerada e corrompida. E isto é tudo o que a natureza humana deseja, descartar a Deus e tomar seu lugar.
Aquele que não reconhece sua nudez e miséria é incapaz de reconhecer a maravilhosa graça que atrai humanos pecadores ao Deus que regenera, justifica e santifica aqueles que Ele soberanamente escolheu dentre a humanidade condenada. Aquele que ignora a condenação eterna que todos merecemos, não enxerga a glória da vida eterna que é mediante a fé, por meio do Cristo homem, o único caminho para a reconciliação com Deus.
É preciso denunciar o pecado, é necessário parar de tolerar o erro, é urgente que voltemos a sentir a dor da transgressão que leva a humilhação que abre o caminho do perdão e da cura. O pecado precisa voltar a doer, não por sadismo, mas por quebrantamento, é preciso sentir a dor que dói em quem peca e em quem encontra pecado, mas não para julgamento e sim para reconhecimento da glória de Deus, para um constrangimento profundo diante de tanto amor que nos livra do mal. É preciso haver humildade no reconhecimento de nossa humanidade falível por sua natureza pecaminosa, pois só assim conseguiremos enxergar o brilho da glória de Deus que nos ilumina com graça abundante por meio de Cristo e nos salvará no juízo para uma nova vida, eterna e abundante.
Falsas igrejas, igrejas mortas
Existe Igreja perfeita? Depende. Primeiro é preciso entender que há a distinção entre 2 tipos de igreja, a primeira é a “Igreja invisível”, que é sim perfeita, a segunda é a “igreja visível”, que nunca foi, não é e janais será perfeita.
A Igreja invisível, por sua vez, é a manifestação plena da vontade de Deus para o Seu plano de salvação e ocorre em 2 momentos:
• Aqui e agora, como o corpo místico de Cristo que se dá na comunhão dos santos e no exercício do ministério da reconciliação por meio da pregação do Evangelho das boas obras que foram preparadas por Deus aos que são salvos.
• Ali e além, como a noiva de Cristo, sem rugas e sem manchas, formada pelos salvos a quem Ele buscará e tomará para si por toda a eternidade.
Por outro lado, a igreja visível apesar de ser o caminho que Deus escolheu para viabilizar a Igreja invisível, está fadada à imperfeição, ou nas palavras de Jesus, é necessário que o joio e o trigo cresçam juntos. É preciso lembrar que as denominações e outras instituições são organizações humanas, conduzidas por gente suscetível a todo tipo de falhas e desvios por influência de sua natureza pecaminosa e degenerada.
É nessa igreja visível que se manifestam as interferências humanas naquilo que Deus estabeleceu para a existência da Igreja invisível, e é sobre a igreja que vemos que repousam todos os alertas contra falsos profetas, outros evangelhos malditos, mestres que ensinam conforme seus desejos, fé transformada em comércio, culto e devoção à pessoas, legalismo hipócrita, esfriamento do amor e todo tipo de apostasia.
Por serem bíblicas, nenhuma destas advertências deve ser ignorada, sob qualquer pretexto.
Assim, é verdade inquestionável que não existe igreja perfeita, tanto quanto é verdade que o pior mal não reside na imperfeição, mas na falsidade, naquilo que parece ser, mas não é.
O problema não é estar numa igreja imperfeita, mas numa falsa igreja, aquela está tomada de tal forma pela manifestação da natureza humana: orgulho, arrogância, ganância, avareza, mentira, religiosidade, amor fingido, obras carnais e vanglória humana, que é difícil acreditar, à luz da Bíblia, que haja algo de Deus naquele ajuntamento.
Quanto a estes lugares, que tomam pra si o nome de igreja, mas não o são, é melhor buscar orientação em Deus, nas suas Sagradas Escrituras e, sem reservas, estar disposto a ouvir o chamado para sair e ir para outro lugar, pois se “do céu se manifesta a ira de Deus contra toda impiedade e injustiça dos homens” (Rm 1.18), é bem provável que o destino destas pseudo-igrejas seja a morte.
Oração sem egoísmo
Quem antes suplicava, agora determina e quem clamava, agora profetiza. Nossas ações de graças perderam espaço para exigências que mais parecem chantagens contra Deus. Esta é a nossa oração?
Parece que aos poucos temos perdido o sentido de nossas orações. Jesus nos ensinou a insistir em pedir para receber o que é preciso, em buscar para encontrar o que está perdido e em bater para que se abra a porta fechada [Mateus 7:7-8]. Mas a resposta ao que pede, busca e bate é para aqueles que têm intimidade com Deus, o Pai, que responde aqueles que são como filhos [Mateus 9-11].
Não dá para negar que é muito tentadora a ideia de que se eu peço de certa forma, uso certa frase ou versículo de efeito, participo daquela campanha ou dou aquela tal oferta do desafio de fé, Deus passa a ter obrigações comigo e deve fazer o que quero, na hora que eu quero. Desculpe-me, mas, isso não se parece nada com fé e sim com negócio. Mas, Deus não se negocia, pois Ele não precisa de nada do que temos, nós é que já recebemos o melhor que poderíamos receber dEle por pura Graça, Seu filho, Jesus Cristo.
No final das contas, imagine Deus ao ouvir estas orações que se valem de argumentos como “eu declaro / determino / profetizo / tomo posse / recebo” e tantos outros “eus”, será que não estamos apenas tentando disfarçar nosso egocentrismo com uma falsa aparência de unção, poder ou espiritualidade?
Talvez estejamos nos tornando iguais ao filho pródigo [Lucas 15:12,13] que exigiu sua parte da herança antes da hora e abriu mão de se relacionar com seu pai apenas para desperdiçar tudo o que recebeu. Ou somos meros pedintes mesmo.
Não. Não acredito que somos impedidos de pedir a Deus em oração, muito ao contrário. Apenas aprendi que não é bom andarmos ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com gratidão, devemos apresentar nossos pedidos a Deus [Filipenses 4:6]. Também não acho que seja fácil, mas precisamos aprender a aguardar com paciência no Senhor, como o salmista [Salmo 40:1], até que nosso clamor seja ouvido e Deus nos responda com um sim ou com um não, pois, quando pedimos por motivos errados [Tiago 4:3], isto é, por motivos egoístas, não somos atendidos.
É verdade que cada um de nós sabe das suas próprias necessidades, dos motivos e circunstâncias que pode nos levar a parecer um egoísta desesperado, mas quando Deus é soberano, descansamos nEle que sabe do que realmente precisamos muito antes de pedirmos [Mateus 6:8] e usa todas as coisas para o nosso bem [Romanos 8:28] por amor que não merecemos.
Não seja a nossa vontade ou nós mesmos o centro de nossas orações, mas Deus e Sua vontade.
Campanhas: chantagem e suborno em troca de ilusão
Termina um ano, começa outro e só aumenta a quantidade de gente interessada em receber algum favor divino como pagamento de sacrifícios com os quais Deus não tem nenhum vínculo.
Esta cultura de troca com Deus tem ganhado raízes tão fortes entre os que se dizem cristãos que as chamadas “campanhas” dominam as agendas das igrejas que por sua vez vendem a ilusão de que é possível determinar o que Deus deve fazer e quando Ele deve fazer.
Sacrifícios esotéricos como os “12 dias de clamor” ou os “21 dias de jejum” não passam de tentativa de chantagem contra Deus quando são oferecidos como as chaves que dão acesso ao lugar em que Deus retém as bênçãos daqueles que apenas entram em secreto em seus quartos e em secreto apresentam seus pedidos ao Pai. Ninguém chantageia a Deus!
Criar a falsa ideia de que quem assume compromissos financeiros como os “carnês dos valentes” ou “envelopes da semeadura” conquista o direito de receber algo de Deus é transformar em oferenda o que poderia ser uma oferta, que deveria se basear unicamente em amor e generosidade. Talvez seja uma tentativa de subornar a Deus. Ninguém suborna a Deus!
Isso sem mencionar a quantidade absurda de amuletos e patuás supostamente consagrados que devem ser comprados para que se possa levar a presença divina para casa. Isso é idolatria.
O que ninguém conta é que todos estes meios, e outros não mencionados, são meros artifícios que visam atender os desejos puramente humanos que Deus, em Jesus Cristo, nos ensinou que deveríamos combater. Seja no papel do líder que adota estas práticas para encher os templos e os cofres da igreja (além dos próprios bolsos), ou no papel do membro que se submete ao papel de buscar atalhos para as bênçãos de Deus em vez de tão somente aguardar pela vontade divina que é boa, perfeita e agradável. Todos estão na contramão do que nos ensinou Jesus. E isso é mal!
Observe como a quantidade de pessoas que estão presas em falsas expectativas, vivendo iludidas por causa de promessas mentirosas que só geram frustração, aumenta na mesma proporção em que as igrejas que deveriam se ocupar de pregar o evangelho de Cristo perdem tempo com crendices antibíblicas.
Poucos são os que percebem as armadilhas por trás dos supostos sacrifícios de fé. Estão ocupados demais em construir e manter um sistema que satisfaça o próprio orgulho e alimente a própria ganância para serem fiéis e obedientes a Palavra a fim de que venha sobre nós o Reino de Deus.
Perdi a Fé!
Perdi a fé. Graças à Deus perdi a fé naquele papo furado de que “andá com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”. Qualquer fé por si mesma falha, até porque sobram especialistas na “arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê”.
E não perdi apenas uma fé, perdi várias. Perdi aquela fé que se manifesta como um fim em si mesma, a fé na fé que ignora Deus como a origem e o fim da fé, mas que é considerada como o sinal máximo de espiritualidade que é produzida por gente e não por Deus. E aquelas outras que são depositadas na capacidade, bondade, unção, poder, religiosidade, cargos, títulos, instituições, campanhas, sacrifícios, desafios, obras sejam minhas ou de outros, todas estas ‘fézes’, as perdi.
Mas uma fé eu não perdi, e peço a Deus que a conserve: a fé no Filho de Deus, a única que pode me fazer vencedor, não por conquistar o mundo, o poder e os bens que nele há, mas por pouco a pouco derrotar a mim mesmo, minha natureza, meu orgulho e minha vaidade.
Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. —Romanos 12:3 (NVI)
Ninguém tem capacidade de produzir fé, antes a recebe como dom gratuito de Deus, na proporção em que Ele soberanamente concede a cada um. E não a recebe como um fim, mas para que seja um meio pelo qual o Espírito age em cada um de nós para que alcancemos a justificação e a paz com Deus.
Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança. — Gálatas 5:5 (NVI)
Fé não é moeda que se usa para comprar a Deus e conseguir seu favor. Fé é favor de Deus. E ainda que eu não entenda completamente este favor, peço a Deus que me ajude a compreender com clareza a razão deste dom que recebemos para não acreditar em qualquer coisa que se fantasie de fé e passe a ser apenas mais um supersticioso.
Há sim muita loucura nesta perda de fé, mas não a loucura vergonhosa que é esta exploração da fé alheia carregada de crendices travestidas de cultos cristãos, e sim a loucura de uma mensagem que transcende a lógica humana que se resume na manipulação de poderes espirituais por meio de troca, a mensagem da cruz que é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Os 10 pastores que não respeito e não admiro
Maus líderes existem aos montes dentro das igrejas. O joio está espalhado dentro da igreja como ensinam as Escrituras (Mt 13.26). Isso não é novidade para ninguém. Apesar de designar aqui o termo “pastores” a essas pessoas que citarei abaixo, não tenho a intenção de diminuir aqueles que fazem jus a esse termo tão lindo mostrado nas Escrituras, e que realmente pastoreiam de coração as ovelhas do Senhor. Usei esse termo somente para facilitar a identificação dessas pessoas.
03 - O que insiste em querer fazer a agenda de DeusUm pastor que quer determinar lugar, dia e hora para Deus agir não merece meu respeito. Segunda: Deus age na família; terça: nas finanças; quarta: Deus dá o Espírito Santo; quinta: Deus faz conversões e sexta: Deus liberta as pessoas de demônios. Deus agora está preso em uma agenda criada pelo homem?
06 - O que faz com que seus fiéis o adorem
Ele é visto como um semideus pelos seus fiéis. O pior de tudo é que não faz nada para mudar essa situação, pois adora ser paparicado, adora status, adora demonstrar seu grande “poder” e ser ovacionado pela multidão. Seu prazer é ver multidões afluindo em sua direção com desejo de glorificá-lo.
Os dez pastores que não respeito e não admiro são:
01 - O que faz do púlpito um palco de shows
A exposição da Palavra é esquecida e substituída pelo talento hollywoodiano desse pastor, que explora as mais diversas técnicas para cativar os seus expectadores, fazendo do show o protagonista do culto. Ele é a estrela e não Cristo e Sua palavra. Seu púlpito é lugar de entretenimento, de show, e não de pregação, de transmissão da voz de Deus.
A exposição da Palavra é esquecida e substituída pelo talento hollywoodiano desse pastor, que explora as mais diversas técnicas para cativar os seus expectadores, fazendo do show o protagonista do culto. Ele é a estrela e não Cristo e Sua palavra. Seu púlpito é lugar de entretenimento, de show, e não de pregação, de transmissão da voz de Deus.
02 - O que explora financeiramente as ovelhas
Esse pastor é muito ambicioso e tem planos de crescimento. Porém, para a realização dos seus planos, precisa de muito dinheiro. E esse dinheiro é retirado das ovelhas, através das mais diversas técnicas de extorsão (legais). Ele não liga para o que a Bíblia ensina e inventa formas de arrecadação para realizar seus sonhos megalomaníacos. As ovelhas são iludidas, exploradas e sugadas até a última gota que podem dar.
Esse pastor é muito ambicioso e tem planos de crescimento. Porém, para a realização dos seus planos, precisa de muito dinheiro. E esse dinheiro é retirado das ovelhas, através das mais diversas técnicas de extorsão (legais). Ele não liga para o que a Bíblia ensina e inventa formas de arrecadação para realizar seus sonhos megalomaníacos. As ovelhas são iludidas, exploradas e sugadas até a última gota que podem dar.
03 - O que insiste em querer fazer a agenda de DeusUm pastor que quer determinar lugar, dia e hora para Deus agir não merece meu respeito. Segunda: Deus age na família; terça: nas finanças; quarta: Deus dá o Espírito Santo; quinta: Deus faz conversões e sexta: Deus liberta as pessoas de demônios. Deus agora está preso em uma agenda criada pelo homem?
04 - O que ilude as pessoas com amuletos, objetos ungidos e unções que não vem de Deus
Esse pastor escraviza pessoas em crendices e superstições que não são encontradas e ordenadas na Bíblia. Desvia a fé que deveria ser unicamente no Deus soberano para objetos e unções (falsas) e extravagantes. Trabalha com a ilusão, com a ambição, com a falta de conhecimento de muitas das ovelhas que lhe ouvem.
Esse pastor escraviza pessoas em crendices e superstições que não são encontradas e ordenadas na Bíblia. Desvia a fé que deveria ser unicamente no Deus soberano para objetos e unções (falsas) e extravagantes. Trabalha com a ilusão, com a ambição, com a falta de conhecimento de muitas das ovelhas que lhe ouvem.
05 - O que “profetiza” o que Deus não mandou profetizar
Usa sua influência sobre as pessoas para “profetizar” e “revelar”. Porém, não usa a Bíblia, que é a revelação e é onde se encontram as profecias de Deus para a vida de seus servos.
Usa sua influência sobre as pessoas para “profetizar” e “revelar”. Porém, não usa a Bíblia, que é a revelação e é onde se encontram as profecias de Deus para a vida de seus servos.
06 - O que faz com que seus fiéis o adorem
Ele é visto como um semideus pelos seus fiéis. O pior de tudo é que não faz nada para mudar essa situação, pois adora ser paparicado, adora status, adora demonstrar seu grande “poder” e ser ovacionado pela multidão. Seu prazer é ver multidões afluindo em sua direção com desejo de glorificá-lo.
07 - O que usa o dinheiro dos dízimos e ofertas para seu próprio enriquecimentoEsse pastor-empresário é formado e pós-graduado em enriquecimento usando a igreja. Tem fortuna e bens luxuosos, tudo adquirido com a ajuda das ofertas da igreja que, segundo diz ele, é usado para a obra de Deus. Ele engana multidões que bancam sua vida de ostentação.
08 - O que prega a teologia da prosperidadeUm pastor que diz que pobreza é maldição, que o crente verdadeiro será reconhecido pela sua prosperidade material, e outras abobrinhas sem embasamento bíblico, não merece admiração. Se a teologia da prosperidade é um câncer, esse pastor é um espalhador de doenças no meio do povo.
09 - O que usa versículos isolados da Bíblia para fundamentar doutrinas destruidorasEsse pastor adora inventar doutrinas usando versos bíblicos isolados, cuja interpretação isolada, sem considerar contextos e outras boas regras de interpretação, favoreça seus pensamentos e desejos.
10 - O que [acha] que determina a ação de Deus
É uma piada dizer que um homem determina algo ao Todo-Poderoso, mas essa ousadia acontece. Palavras ousadas saem da boca desse pastor determinando, ordenando, exigindo que Deus faça determinadas coisas que, segundo ele, Deus tem de fazer. Coitado, não tem nem noção da besteira que faz! E o pior: ensina as pessoas a agirem também assim!
Esses são os pastores que não respeito e não admiro.
E você, tem algum pastor como os citados que não respeita e não admira?
Esses são os pastores que não respeito e não admiro.
E você, tem algum pastor como os citados que não respeita e não admira?
Sete coisas que Deus NÃO disse, mas todo mundo acha que Ele disse
1. "Deus ajuda a quem se ajuda".
Falso! Ao contrário, Deus ajuda aqueles que se reconhecem incapazes e, humilhados, clamam por socorro. "A mulher veio, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, ajuda-me!" (Mt 15:25).
2. "Deus quer que você seja feliz".
Falso! Quem diz isso geralmente pensa a curto prazo, só para esta vida. Mas Deus projeta felicidade eterna para aquele que crê em Jesus e tem seus pecados perdoados. Quanto à nossa breve vida aqui, ele diz: "No mundo tereis aflições" (Jo 16:33).
Falso! Quem diz isso geralmente pensa a curto prazo, só para esta vida. Mas Deus projeta felicidade eterna para aquele que crê em Jesus e tem seus pecados perdoados. Quanto à nossa breve vida aqui, ele diz: "No mundo tereis aflições" (Jo 16:33).
3. "Somos todos filhos de Deus".
Falso! Todos são criaturas de Deus, mas filhos somente aqueles que nascem de novo pela fé em Jesus. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (Jo 1:12).
Falso! Todos são criaturas de Deus, mas filhos somente aqueles que nascem de novo pela fé em Jesus. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (Jo 1:12).
4. "Deus nunca permite um sofrimento além do que você possa suportar".
Falso! Para quebrar nossa autoconfiança Deus permite sofrimento além da capacidade humana, para encontrarmos nele os recursos de que necessitamos. "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos... para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda". (2 Co 1:8).
Falso! Para quebrar nossa autoconfiança Deus permite sofrimento além da capacidade humana, para encontrarmos nele os recursos de que necessitamos. "Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos... para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda". (2 Co 1:8).
5. "Quando você morrer o céu ganhará mais um anjo".
Falso! Seres humanos não são anjos e nunca serão. Assim como Jesus, em sua encarnação, somos originalmente menores que os anjos, mas os salvos por Cristo serão exaltados nele a uma posição acima dos anjos. "Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?" (1 Co 6:3).
Falso! Seres humanos não são anjos e nunca serão. Assim como Jesus, em sua encarnação, somos originalmente menores que os anjos, mas os salvos por Cristo serão exaltados nele a uma posição acima dos anjos. "Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?" (1 Co 6:3).
6. "Todos os caminhos levam a Deus".
Falso! Na verdade esta ideia foi emprestada do ditado "Todos os caminhos levam a Roma", mas é melhor escutar o que Jesus diz: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". (Jo 14:6).
Falso! Na verdade esta ideia foi emprestada do ditado "Todos os caminhos levam a Roma", mas é melhor escutar o que Jesus diz: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". (Jo 14:6).
7. "Não importa em que você crê, contanto que tenha fé".
Falso! Não é a fé que importa, mas em quem você coloca sua fé. Jesus disse aos judeus: "'Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados'. Disseram-lhe, pois: 'Quem és tu?' Jesus lhes disse: 'Isso mesmo que já desde o princípio vos disse'. (Jo 8:24-25).
Falso! Não é a fé que importa, mas em quem você coloca sua fé. Jesus disse aos judeus: "'Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados'. Disseram-lhe, pois: 'Quem és tu?' Jesus lhes disse: 'Isso mesmo que já desde o princípio vos disse'. (Jo 8:24-25).
Ele tinha deixado claro a eles que era o Messias prometido, e mais que isso: Ao usar a expressão "EU SOU" ele se reportava ao que Jeová havia dito de si mesmo em Êxodo 3:14: "E disse Eloim (Deus) a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós." Juntando isso com o que João escreve em sua segunda carta, entendemos que crer em Jesus Cristo inclui crer que ele é Deus e já existia antes de assumir a forma humana ao vir em carne.
"Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo... Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis." (2 Jo 1:7-10).
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