sexta-feira, 7 de abril de 2017

REINO DE DEUS

Hoje, fui a um Cliente que, por sinal, não estava em sua empresa. Quando fui atendido, vi seu funcionário que é um Grande Amigo, de muito tempo. Um cara muito legal, apaixonado por música e com uma Grande Ferida aberta pela Religião.

Começamos a conversar e eu perguntei para ele: Você acha que DEUS queria que houvessem tantas Igrejas? Você acha mesmo que DEUS queria que o povo dele fosse "Guiados" e Escravizados por Pastores?

Cara, DEUS não queria nem que houvessem Sacerdotes, Profetas, muito menos, Reis. DEUS queria falar direto com seu povo e, como por exemplo, em Êxodo, o povo diz pra Moisés: "Fala lá com Ele lá que a gente ouve você." Quando o povo adora a imagem do Bezerro de Ouro, DEUS diz a Moisés: "Olha lá o que o SEU povo está fazendo..."

Não era o Povo de DEUS, era o Povo de Moisés!

E assim foi com Sacerdotes, Juízes, Profetas até que um dia eles olharam para Todo Mundo e querem ser iguaizinhos a Todo Mundo.

MAS ELES NÃO ERAM TODO MUNDO POW!

DEUS fala pra Samuel: O problema deles não é com você. Não é você quem está sendo rejeitado. Sou Eu! Diz pra eles que se eles querem ter um Rei, eles terão um Rei do jeito que eles querem, segundo o coração deles, mas eles vão ter que pagar tributos, impostos, enfim, sustentar o cara no trono. Eles querem ser iguais a todo mundo? Então eles serão!

DEUS queria se relacionar com eles, mas eles preferiram ouvir Moisés, assim como quiseram ter Líderes e Reis. DEUS quer se relacionar conosco, mas insistimos em querer um intermediário. Metemos o pau nos católicos, mas fazemos das conversas com nossos pastores verdadeiros confessionários quando deveríamos buscar essas necessidades em DEUS, pois só nele encontramos quem nós verdadeiramente somos.

O Reino de DEUS não é visível, não é comida, não é bebida, o Reino de DEUS foi colocado DENTRO de Nós. Quando Jesus fala aos farizeus a respeito de se cobiçar uma mulher e só pelo fato de ter pensado em algo já pecou, ele quis dizer que agora o negócio era diferente, estava dentro deles. Jesus veio trazer uma Nova Realidade, Ele veio para colocar o Reino dele, que não era visível e nem desse mundo, dentro deles.

O Reino em Nós faz com que entendamos e saibamos quem nós verdadeiramente somos em DEUS. Nossa Identidade é Curada, nós somos curados, restaurados e passamos a expandir o Reino, somos curados e passamos a curar também, passamos a Remir a Terra e o Reino começa a expandir.

A percepção de que uma Igreja Cheia, Lotada NÃO É UMA PERCEPÇÃO DE AVANÇO DO REINO DE DEUS. Numa Igreja de 1000 Pessoas, quantas delas o Pastor conhece de fato? Quantas delas ele gasta tempo, discipula caminhando junto? Quantas dessas pessoas ele sabe, de fato, quais são os problemas dela, de sua família, sua personalidade, seu trabalho, suas necessidades e etc?

A quem estamos querendo ganhar?

Quantos tem se utilizado do Ensino de Paternidade para oprimir pessoas? "Eu sou seu Pai Espiritual!" Muitos se utilizam desse tipo de expressão, que na minha opinião é ridícula, para manipular as pessoas. Eu creio na Paternidade! Mas não creio que esses caras sejam Pais de NINGUÉM! A posição deles não é de Opressão e Manipulação, mas de ser a Figura de um DEUS que é Pai, de um DEUS que forma Homens e não Meninos. Um DEUS que é amoroso, mas que te manda engolir o horo e continuar. Creio num DEUS Pai que se fez Filho que se tornou MENOR do que os Anjos e NÃO USURPOU assumir o lugar que, na verdade, sempre foi seu. Acredito que possamos ser Pais Espirituais SIM, mas acredito que Filhos não são ligados à Nós, mas ligados ao Cristo. Ele é o Modelo Perfeito de Filho, de Paternidade!

O que esses caras pregam é O SEU PRÓPRIO REINO DE DEUS! Paternidade é estender o Reino de um Pai, destravar pessoas, remir a Terra, ser Modelo de como Paulo diz: Sede meus imitadores como eu sou de Cristo.

Pense no que você acredita ser Reino de DEUS.

Romanos 14:13-23 diz: Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja, pois, blasfemado o vosso bem; Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

SOBRE CERIMÔNIAS DE CASAMENTO



Eu e minha Noiva temos pesquisado e corrido atrás de tudo para nosso casamento e tenho pensado muito em coisas interessantes.

O que eu acho sobre Cerimônias de Casamento?

Eu acho Maravilhoso e no nosso Casamento, pretendemos fazer uma para dar inveja à Hollywood!

É NECESSÁRIO?

No meu caso, eu quero, então eu farei!
Mas a resposta é: Se você não quiser, então NÃO PRECISA!!!

Os tradicionais vão querer me matar!

Por que? Porque a Cerimônia não passa de um Culto de Ação de Graças e o Compartilhamento dos Noivos com os Familiares, Amigos e Pessoas Queridas a respeito de sua alegria ao tomar uma decisão tão importante. Nisso, as pessoas oram pelo casal, abençoam e depois vão para a festa comer feito porcos esfomeados para depois saírem reclamando. 

É por isso que no meu casamento vai ter Pão com Carne Moída para os convidados reclamerem com gosto... rsrsrs...





Mas voltando...

O que é que realmente vale?

O que realmente vale é o Registro em Cartório porque o que adiantaria uma cerimônia linda, uma festa de arromba se o cabra não deu seu sobrenome para a moça e a assumiu diante da lei dos homens?

Diante de uma festa, diante das pessoas é tudo muito fácil, mas e com o papel assinado?

A própria Bíblia Sagrada diz que quem transgride a Lei dos Homens, transgride a Lei de DEUS e que aquele que transgride um mandamento, transgride a TODOS!

O que muitos precisam entender, mas não entendem é que uma festa tão linda não tem valor algum se aquilo que há por trás dela não for feito com Muito Amor, Cumplicidade, Respeito, Temor e Responsabilidade.


Num contratempo de coisas bonitas que estou falando, eu só fico boquiaberto de ver um Imbecil, entitulado pastor, obrigado pessoas que não querem ou que já estão casadas no cartório há tanto tempo, fazerem uma cerimônia glamourosa com o pretexto de só assim o casal ser abençoado por DEUS.

Velho, aonde isso está escrito na Bíblia? Só porque o primeiro milagre de Jesus foi em um casamento?


O cara não pode somente orar pedindo a DEUS que abençoe o casal? Porque o cara se acha tão bom que ele pensa que a oração dele tem algum efeito. É DEUS quem abençoa e não sua oraçãozinha LIXO!




Então, queridos Amigos e Irmãos, não se sintam pressionados a nada!

Só saibam que é uma decisão que vai muito além de uma Cerimônia ou Festa! É algo que precisa ser bem milimetricamente pensado, conversado, o casal precisa se conhecer, ser cúmplices, ser amigos, levar a sério o relacionamento, saber que os planos precisarão ser mudados constantemente, que existem duas personalidades diferentes, duas criações diferentes que em alguns momentos irão se conflitar, se confrontar, precisarão entender que nenhum dos dois precisará se anular, mas que precisarão, em muitos momentos, abrir mão dos seus sonhos e desejos para fazer aquilo que será bom não só para uma pessoa isolada, mas para o casal, pois agora não estão mais isolados, mas em dois! Os dois, também, precisarão fazer o possível e o impossível para fazer o bem para o outro, ou seja, ambos precisam ceder, além do fato de que duas pessoas diferentes dentro de quatro paredes é que vão se conhecer de verdade, sabendo das manias, dos defeitos, das coisas que odiarão tanto em um quanto em outro e é por isso que precisarão se reinventar sempre, não deixar o relacionamento cair na rotina, precisarão conquistar um ao outro todo dia e etc. Isso é apenas o básico, mas o mais importante é que o casal precisará, também, ter muito Amor, Carinho, Respeito e, na minha opinião, acima de tudo, TEMOR A DEUS!

Pensem nisso!!!

DEUS Abençoe!!!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

PAZ


João 16:33 diz algo muito interessante:


"Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo."

Comentar esse versículo é uma tarefa um tanto complicada em dias que a Bíblia tem sido pregada do jeito que cada um acha que tem que pregar, cada um entorta um pouco a Bíblia para que as suas idéias próprias e egoístas sejam apregoadas.

Esse texto, tem sido pregado fora do seu Real Contexto. Tipo: Tá passando por luta? Tenha bom ânimo, Jesus venceu o mundo e você também vencerá!!!

Meus amigos: Aonde está escrito isso no versículo? Em lugar nenhum! Jesus, em hipótese alguma, disse que iríamos vencer. Ele disse que ELE VENCEU O MUNDO!!!

Mas o contexto desse texto, está em que eram palavras de despedida. Um episódio que antecede a Oração Sacerdotal de Jesus, onde ele diz para todos os seus discípulos: "Olha, vão me matar e vocês todos, morrendo de medo, vão fugir cada um pra sua casa e vocês vão me deixar sozinho. Aí, vão achar que matando vocês, estão fazendo o certo, a vontade de DEUS, vão tocar o terror pra vocês desistirem, mas olha só: Se vocês estiverem mesmo comigo, fiquem em paz que vai dar tudo certo! Vocês vão ter aflições mas não liga não. Eu venci o mundo!"

O interessante é que Ele não disse que por estarmos nele, venceríamos o mundo, mas por estarmos nele, teríamos paz. A palavra, do grego, do original que traduz-se por paz, é a palavra Eirene. 

Eirene significa Paz, mas não da maneira que usualmente a descrevemos. Nesse sentido, paz invocada por um judeu é sinônimo de um tempo de despedida, o que Jesus o estava fazendo. Ele invoca para si um significado de Reconciliação, o que também foi o objetivo de Jesus na Terra! Reconciliar-nos com o Pai.

A partir daí, passa a fazer um verdadeiro sentido o porque ele fala pra todo mundo que o abandonaria ficar em Paz. Como você pode dizer pra todo mundo que te abandonará: "... Se você estiver em mim, estiver comigo, fica em paz ..." Óbvio que se alguém te abandona, essa pessoa NÃO ESTÁ COM VOCÊ!

Mas Jesus amplia o sentido das suas últimas considerações dando ainda mais significado a João 15:16 dizendo que não fomos nós quem o escolhemos mas Ele, primeiramente, escolheu a nós.

Você pode estar longe, mas ele te chama pra estar perto. Você pode o abandonar, mas Ele não te abandona, pode tentar deixar de ser crente, mas Ele não deixa de ser Jesus, pode sair pra beber, fumar, despirocar, fumar "cracker" e por aí vai, mas sempre vai ter algo te dizendo que você não é dali, sempre vai ter algo te dizendo que está faltando algum pedaço, é Ele te dizendo: "Você é meu, Eu te comprei, Eu te escolhi, a Salvação pode ter vindo de Graça pra você, mas pra mim não foi, Você é MEU ..." Ele quer te trazer Reconciliação, te trazer ao Plano Original, se você está longe, Ele está te dizendo, vem pra perto, dane-se os seus pecados, eu quero escrever a história da tua vida do meu jeito. Você que está dentro, mas parece que está fora, Ele está te dizendo, quero me apresentar pra você não como o DEUS de Abraão, Isaque, Jacó, José, Malaquias, Sofonias, Zebedeu, Jeconias, mas o SEU DEUS, te dar o sentido que você nem sabe se, realmente, encontrou.

Ele venceu o mundo mas não disse que venceríamos. É óbvio que se estamos nele, vamos vencer. Mas o que Ele quer dizer nesse texto é: Fique em Paz! Que a Paz que excede a todo entendimento seja o Árbitro do seu Coração. Estar em Cristo me faz julgar todas as coisas, discerní-las e descansar nele. O mundo pode cair ao seu redor, mas FIQUE EM PAZ! Eu venci o mundo!

Pense nisso...

quinta-feira, 30 de julho de 2015

O que falamos


Ontem, estava conversando com um pastor amigo meu e passei a me lembrar de um passado onde havia vivido coisas muito ruins na minha vida em todos os âmbitos, em todas as áreas. Coisas que me doeram, coisas que me feriram, que me magoaram e que me encheram o saco, literalmente falando.

A partir daí eu virei uma Metralhadora Gospel estraçalhando TUDO e TODOS em busca de atenção e de razão. O problema não era a busca porque Eu, realmente, tinha razão, mas passei a chamar as atenções não só por falar a verdade, mas por ser um imbecil tentando enfiá-la goela abaixo nas pessoas.

Algumas queriam aquilo, era o que elas queriam falar mas não tinham coragem. Outras, não estavam preparadas e não estão até hoje.

Ao passo de tudo isso que aconteceu, nesses dias também me vi, em um Grupo de Whatsapp de amigos que conheci há 11 anos atrás onde pessoas machucadas em suas almas e em seus espíritos, só tinham sua boca capaz de serem abertas pra falar besteira, só atacando o passado e tudo o que deu errado na vida e, infelizmente, me vi voltando para trás e fazendo as mesmas coisas.

Hoje, eu noto algo: Que minha boca fala daquilo que o meu coração está cheio e que falar, muitas vezes aquilo que eu estou sentindo é bom porque serve como desabafo, mas o desabafo dito muitas vezes, é como um vômito, é como expelir coisa podre que não vai acrescentar nada para ninguém e, muito pelo contrário do que eu acharia que estaria me fazendo bem por desabafar, me faz acreditar nessas coisas como se fossem minhas verdades.

Não sou uma pessoa perfeita mas julgo que mudei muitos conceitos na minha caminhada e, se tem uma coisa que eu aprendi, é que, constantemente, eu devo limpar o meu coração para que o que sair de dentro de mim não seja evidências de que eu estou adoecendo e apodrecendo como aquilo que sai de dentro de mim.

Lembrar-se e falar somente a respeito de coisas ruins e de que aconteceram no passado, te faz ficar preso lá e sua vida não progride. O que vem de novo apodrece e morre, sentimentos são destruídos e você se torna um suicida, porque o tempo apenas amortece a morte que você está causando a si mesmo.

Limpe o seu coração antes de receber sentimentos, sonhos ou qualquer coisa nova. Seu coração é como um recipiente! Até o mel com sua imensa doçura, num recipiente sujo, ele azeda!

Deixe que Jesus entre e mude seu coração, que Ele o limpe, que Ele o transforme, que Ele o cure e o faça alguém que vive no seu tempo, não preso às coisas que já se passaram.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Teologia Arminiana: Respostas às objeções Calvinistas


São muitas as dúvidas levantadas por falsas doutrinas contra a teologia arminiana, especialmente as acusações feitas por teólogos de vertentes do determinismo (Calvinismo). Entretanto, por maior que seja o nosso desejo responder a todas as objeções, não podemos ir além daquilo que está escrito, do que nos foi revelado em Cristo. Existem temas que realmente encontra-se no campo do mistério, insondável (exemplo: a encarnação – Deus homem e a trindade).

Entre os opositores das doutrinas da igreja primitiva temos (em especial) os calvinistas, doutrina que tem raízes em Agostinho mas que se solidificou no século XVI. Estes propõem diversas objeções às doutrinas da graça livre, popularmente conhecida como arminianismo, veremos algumas delas.

OBJEÇÃO 1: Ao defender o livre-arbítrio a teologia arminiana atribui os méritos da salvação ao homem.

RESPOSTA

Esta é uma objeção muito comum e que por vezes é apresentada de outros modos como “a morte de Cristo não salvou a ninguém efetivamente” ou “o centro da teologia arminiana é o livre-arbítrio”. Tentaremos separar as questões quando necessário e responder ponto a ponto, desfazendo os sofismas e as heresias decorrentes.

O cerne da questão é: O fato de homem receber livremente uma dádiva que lhe é oferecida faz dele merecedor desta dádiva? Ou ainda, o fato de tê-la recebido transfere ao homem o mérito pelo bem oferecido? O receber a cura nos faz merecedores dela? Ou por termos sido curados nos cabe repartimos o mérito que pertence ao agente eficaz da cura?

Veremos o que disse Jacobus Arminius:

“Para explicar o assunto empregarei um símile, o qual eu confesso, ainda, é bastante dissimilar; mas sua dissimilitude corrobora grandemente meu parecer. Um homem rico concede, a um pobre e faminto mendigo, esmolas com as quais ele será capaz de manter a sua família e a si mesmo. O fato de o mendigo estender suas mãos para receber as esmolas faz com que elas deixem de ser um presente genuíno? Pode-se dizer com propriedade que “as esmolas dependem parcialmente da liberdade do Doador e parcialmente da liberdade do favorecido,” embora este último não fosse receber as esmolas a menos que ele as tivesse recebido estendendo sua mão? Pode ser corretamente afirmado que, pelo fato o pedinte estar sempre preparado para receber, “ele pode receber as esmolas, ou pode não recebê-las, conforme lhe aprouver?” Se tais asserções não podem ser verdadeiras acerca de um pedinte que recebe esmolas, menos ainda podem ser verdadeiras tais afirmações sobre o dom da fé, pois o recebimento do mesmo exige atos da Graça Divina muito mais sobrepujantes”.[1]

Quem morreu na cruz? Quem pagou o preço? Como pode ser o homem ser digno de honra ou mérito pelo fato de ter recebido um presente de Deus? As acusações advindas desta primeira objeção são nada mais que falsos dilemas.

“Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.” Rm 4:4-5

OBJEÇÃO 2: Se Cristo morreu por todos por que todos não são salvos?

RESPOSTA

Esta é uma questão bastante antiga, elaborada pelo calvinista Jonh Owen no século XVII. Ele acreditava ter uma lógica indestrutível e assim demonstrar a veracidade das doutrinas da TULIP (Total depravação, incondicional eleição, expiação limitada, graça irresistível e perseverança dos santos). Pretendia apresentar uma fundamentação bíblica para a doutrina central do calvinismo, isto é, a expiação limitada, que Cristo morreu somente (exclusivamente) por alguns pré-selecionados incondicionalmente e assim refutar a doutrina de uma expiação oferecida pelo mundo inteiro.

Vamos à síntese dos argumentos apresentados por J. Owen:

“Colocando o assunto desta maneira: ‘Cristo sofreu por todos os pecados de todos os homens, ou por todos os pecados de alguns homens, ou por alguns pecados de todos os homens’. Se a última afirmativa é verdadeira, então todos os homens ainda têm alguns pecados, e, portanto, ninguém pode ser redimido.

Se a primeira afirmativa é verdadeira, então por que não estão todos os homens livres do pecado? Você poderá dizer: “Por causa da incredulidade deles.” Mas eu pergunto: “Acaso a incredulidade é um pecado?” Se não é, por que todos os homens são punidos por causa dela? Se é um pecado, então deve estar incluída entre os pecados pelos quais Cristo morreu. Portanto, a primeira afirmativa não pode ser verdadeira. Assim, é claro que a única possibilidade restante é que Cristo levou sobre Si todos os pecados de alguns homens, os eleitos, somente. Creio que este é o ensino da Bíblia.” [2]

Iremos, para um melhor entendimento, separar os argumentos de Owen.

O que muitos adeptos da teologia calvinista fazem, com relativa frequência, é misturar vários temas, dificultando uma correta compreensão, ou induzindo o raciocínio do leitor. Mas vamos separar as premissas e depois demonstrar o porquê do equívoco desta objeção.
“Cristo sofreu por todos os pecados de todos os homens?” Pelo menos é isto que a Bíblia declara:“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16; “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Co 5:18-19; “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.” Hb 2:9; “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” I Jo 2:2;

Entre a interpretação calvinista e o que a Bíblia declara com muita clareza, preferimos ficar do lado das Escrituras:

“Cristo morreu por todos os pecados de alguns homens?” Sim e não, No aspecto efetivo da expiação SIM, e mais adiante explicaremos. Sim, visto que Cristo lavou (definitivamente) somente os pecados daqueles que creram e crerão ainda. Jo 3:15-16 e 36; 6:47; Rm 3:22; E não nos sentidos provisional e representativo, porque Deus proveu um sacrifício em favor da humanidade e lhes deu um representante 100% puro e digno. Em outras palavra, Deus proveu um representante para toda a raça humana e não apenas para alguns homens (pré-selecionados). 

“Ou (Cristo morreu) por alguns pecados de todos os homens?” Esta hipótese é absurda e deste modo dispensa pormenorizações;

Por fim a confusão lógica da conclusão daquele autor “Se a primeira afirmativa é verdadeira, então por que não estão todos os homens livres do pecado? Você poderá dizer: “Por causa da incredulidade deles.” Mas eu pergunto: “Acaso a incredulidade é um pecado?” Se não é, por que todos os homens são punidos por causa dela? Se é um pecado, então deve estar incluída entre os pecados pelos quais Cristo morreu. Portanto, a primeira afirmativa não pode ser verdadeira. Assim, é claro que a única possibilidade restante é que Cristo levou sobre Si todos os pecados de alguns homens, os eleitos, somente. Creio que este é o ensino da Bíblia.”

O J. Owen contemplou a precisa resposta para a sua própria indagação “por que todos não são salvos?”, a resposta é óbvia “Por causa da incredulidade deles”, então segue a pergunta “Acaso a incredulidade é um pecado?” E aqui temos um dos vários problemas do enunciado. O escritor do movimento puritano apresenta um conceito defectivo sobre o que vem ser o pecado e mais especificamente o “pecado original”. Vejamos o que diz Myer Pearlman:

“O pecado é tanto um ato quanto um estado. Com a rebelião contra a lei de Deus é um ato da vontade do homem, também a separação de Deus vem a ser um estado pecaminoso.” [3]

Como bem asseverou Pearlman existem duas consequências do pecado, realidades: O estado pecaminoso de todos os homens (Gn 2:17; Gn 6:5; Gn 8:21; I Rs 8:46; Jó 14:4; Sl 51:5; Sl 58:3; Ec 7:20; Is 64:6; Rm 3:10-11; Rm 5:12; Rm 7:18, 23; Rm 8:7; I Co 2:14; Ef 2:3); e a inevitável propensão para o ato do pecado, isto é o pecado em sentido estrito, o cometer pecado. “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. […] A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” Ez 18:4 e 20 “Naqueles dias nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram. Mas cada um morrerá pela sua iniqüidade; de todo o homem que comer as uvas verdes os dentes se embotarão.” Jr 31:29-30

Todos nascemos separados de Deus em um estado de rebelião e com a nossa natureza corrompida, isto é uma coisa, um aspecto resultante do pecado de Adão, outra coisa é cometer o pecado, um ato voluntário e individual.

Voltando a questão do Owen, “Acaso a incredulidade é um pecado? Sim, mas no sentido de um estado do pecado e que só pode ser removido pela fé no sangue de Jesus (Rm 3:25; Cl 1:20; I Jo 2:2 e 4:10), mas não no sentido de um ato cometido. A expiação promovida na Cruz expia os nossos pecados cometidos (atos pecaminosos) nos livrando da penalidade consequente e, pela fé, nos reconcilia com Deus, nos fazendo novas criaturas, matando na cruz a antiga natureza pecaminosa, isto é, (e ainda) removendo o estado do pecado, a separação de Deus, nos reconciliando consigo mesmo por meio de Jesus Cristo. I Co 5:17-20.

Assim expusemos um dos erros da questão proposta, o autor puritano mistura o conceito de pecado (ato pecaminoso) com o estado de pecado.

Cristo morreu para que os nossos atos pecaminosos fossem perdoados na Cruz e para remover a separação de Deus, são duas consequências da expiação, mas são realidades distintas. A incredulidade é um estado e não um ato e este estado só pode ser mudado pela ação do Espírito Santo, no gerar de uma nova natureza naquele que crê em Jesus Cristo.

A remoção do estado pecaminoso, isto é da separação de Deus, e a nossa reconciliação individual (II Co 5:18-20) acontece no tempo em que cremos em Jesus, deste modo ainda que a expiação de Cristo seja oferecida por todos os pecados cometidos (atos pecaminosos) de todos os homens, justiça que nos é imputada pela fé, o estado pecaminoso só é removido pelo Espírito, mediante a fé. Ef. 2:8. Não temos o poder de nos fazer filhos ou nos reconciliar com Ele, mas pela fé Deus nos dá esta oportunidade, de sermos feitos filhos de Deus. Jo 1:12.

Outro erro da objeção é a não diferenciação entre proposta/escopo do sacrifício e a sua obra efetiva. Quando o sacrifício de Cristo é proposto é feito pelo mundo todo, como deixam claro os textos que acima citamos e vai até mesmo (em alcance) além do homem, atingindo a redenção da criação (Rm 8:22-24), os céus, a Terra e tudo que existe. (Cl 1:15-20). O exclusivismo expiatório, direito a salvação, era um pensamento comum nos dias de Jesus presente na seita dos fariseus. Mas não era assim no início, por exemplo, a amplitude dos sacrifícios oferecidos por Israel, no que tange aos estrangeiros residentes em Israel. Nm 15:14; “Dize-lhes, pois: Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós, que oferecer holocausto ou sacrifício, 
E não o trouxer à porta da tenda da congregação, para oferecê-lo ao Senhor, esse homem será extirpado do seu povo.” Lv 17:8-9.

Um sacrifício poderia ser oferecido em favor de qualquer homem, natural de Israel ou estrangeiro, mas só gozavam das bênçãos da expiação aqueles que do rito participavam (de algum modo) e/ou somente aqueles que criam. Havia ainda expiação realizada por todo o povo, mas é claro que só desfrutavam da comunhão com Deus, ainda que se oferecesse sacrifício por todos, aqueles que criam nas promessas e que eram obedientes a Deus.

“E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e faze a tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois faze a oferta do povo, e faze expiação por eles, como ordenou o Senhor.” Lv 9:7; “Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.” Hb 7:27 Não há diferenças para o recebimento dos benefícios da expiação, não importa, de fato, se natural de Israel ou estrangeiro, mas depende da fé, o Ap. Paulo explica:“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” Rm 2:28-29

Deste modo, semelhantemente, o sacrifício de Cristo é oferecido provisionalmente pelo mundo todo e de maneira efetiva (bênçãos efetivas) por aqueles que creem no sacrifício substitutivo e pela fé lhe são imputados os benefícios. Esta é a verdade das Escrituras.

OBJEÇÃO 3: Se Cristo morreu por todos então ele não morreu por ninguém efetivamente?

RESPOSTA

Este argumento é um dos mais utilizados por teólogos calvinistas de todas as vertentes, vejamos como é apresentada esta questão:

Packer: “A morte de Cristo não garantiu a salvação para ninguém, pois não garantiu o dom da fé para ninguém (e nem mesmo existe tal dom); o que ela fez foi criar a possibilidade de salvação para todo aquele que crê.” [4]

Anglada: “Outro item da representação arminiana dizia respeito à doutrina da expiação. As Escrituras afirmam que Cristo nos resgatou do pecado morrendo na cruz em nosso lugar, o justo pelo injusto. Pois bem, por quem Cristo morreu? O arminiano crê na expiação geral, na redenção universal, ou seja, que Cristo morreu na cruz por todos os seres humanos indistintamente. Ele crê que a expiação de Cristo não foi individual, mas sim potencial. Cristo não morreu na cruz em substituição a cada um dos eleitos individualmente, e sim de modo geral, por toda a raça humana, permitindo, assim, que Deus perdoasse os pecados daqueles que viessem a crer nele. Desse modo, a doutrina arminiana da expiação apenas tornou possível a salvação de todos, mas não assegurou a salvação de ninguém.” [5]

Acredito que a explicações dos pontos anteriores nos auxiliam a responder os demais, porque todas as objeções orbitam o conceito da expiação limitada, que é o cerne da doutrina calvinista, quando buscam provar que Cristo teria morrido apenas por alguns.

Mais uma vez aqui, por Packer e Anglada, comete-se um erro semelhante ao do item anterior, questões levantadas por J. Owen. Tenho dito aos meus amigos e conhecidos, adeptos da teologia calvinista, especialmente os que adotam as doutrinas da TULIP, que além de logicamente apresentar erros claros em seus pontos centrais U-L-I, o calvinismo é uma teologia rasa que busca uma linearidade nas coisas espirituais. Mostraremos um dos porquês. Vejamos o que Cristo fez na cruz por nós, nas palavras de Stott, aspectos do sacrifício de Cristo.

“É nesse aspecto que a morte de Jesus deve ser corretamente chamada de “representativa” como também “substitutiva”. O “substituto” é aquele que age no lugar de outro de tal modo que torne desnecessária a ação desse outro. O “representante” é aquele que age em favor de outro, de tal modo que envolva esse outro em sua ação. […] Da mesma forma, como nosso substituto, Cristo fez por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos: levou o nosso pecado e o nosso juízo. Mas, como nosso representante ele fez o que nós, estando unidos a ele, também fizemos: nós morremos e ressurgimos com ele.” [6]

Como dissemos, a teologia calvinista é rasa e se prende apenas ao aspecto efetivo da expiação, isto é, a substituição no aspecto penal (somente). Entretanto, ver a expiação exclusivamente deste modo só pode levar ao erro, temos pelo menos 4 (quatro) aspectos que devem ser analisados, dois deles citados acima, o substitutivo e o representativo, e ainda o provisional e o efetivo.

Cristo, em um sacrifício atemporal, considerando o seu exaustivo conhecimento de todas as coisas (presciência), externo e superior ao espaço-tempo, substitui efetivamente todos aqueles que nele creem, creram e crerão (presente, passado e futuro), “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra.” Ap 5:9-10, isto é, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Entretanto, em seu aspecto provisional o sacrifício é oferecido em favor de toda humanidade, por todos e para todos, como dizem as Escrituras. Jo 3:16 e I Jo 2:2

Como nosso substituto, Cristo substitui (ao final de todas as coisas) todos aqueles que ao longo da existência humana vieram a crer, mas como nosso representante Ele é aquele que representa a humanidade, que restaura a aliança entre Deus e os homens, o que reconcilia consigo todas as coisas, o que traz ordem à existência e é a razão da paciência de Deus com todos os homens.

“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” At 17:30-31 “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” II Pe 3:9

Os deterministas veem e se prendem apenas ao aspecto efetivo (naqueles que creem), considerando a expiação como uma força mecânica em favor de indivíduos pré-selecionados, enquanto as Escrituras demonstram, tanto no AT quanto no NT, que a vontade de Deus é que ninguém se perca (II Tm 2:4-6) e que Ele não tem prazer na morte do ímpio (Ez 18:23-24), desejando (sinceramente) a salvação de todos. A cruz é liberdade para os que creem e juízo sobre a incredulidade, mas isto é tema para outro estudo.

OBJEÇÃO 4: Acusação de duplo pagamento pelo pecado, isto é, um pagamento efetuado por Cristo e outro pelo ímpio que recebe condenação.

RESPOSTA

Os calvinistas consideram que esta objeção não pode ser respondida ou que ela é de uma lógica inescapável, mas consideramos que a falta de visão e de perspectivas, isto é, a corrente mental provocada pela ênfase nas doutrinas da TULIP, é que faz o calvinista chegar a este pensamento, a uma exegese mal feita dos textos claros em que a Bíblia diz (não sugere, mas diz) que Cristo morreu pelo mundo.

Vamos aos textos.

Anglada: “Aqueles por quem a expiação foi cumprida, por causa da sua natureza penal e substitutiva, não podem sofrer a punição eterna. Deus não exige um duplo pagamento do pecado. Ele não pune os mesmos pecados duas vezes. Ele não pode punir alguém pelos pecados, se as exigências da lei quanto a esses pecados já forem cumpridas. Portanto, a doutrina da expiação particular é uma conseqüência necessária da doutrina da substituição penal. A teoria do governo moral foi desenvolvida exatamente para evitar esta conclusão. Ao negar a doutrina da expiação penal e substitutiva, a natureza da expiação é enfraquecida pelos arminianos, que querem evitar a conclusão Calvinista.” [7]

Sproul: “O arminianismo tem uma oferta que é limitada em valor. Não cobre o pecado dos incrédulos. Se Jesus morreu por todos os pecados de todos os homens, se Ele expiou todos os nossos pecados e propiciou todos os nossos pecados, então todos seriam salvos. Uma oferta potencial não é uma oferta verdadeira. Jesus realmente fez oferta pelos pecados de suas ovelhas. O maior problema com a expiação definida ou limitada é encontrado nas passagens que as Escrituras usam referentes à morte de Cristo “por todos” ou pelo “mundo todo”. O mundo por quem Cristo morreu não pode significar a família humana inteira. Deve referir-se a universalidade dos eleitos (povo de todas as tribos e nações), ou a inclusão dos gentios em acréscimo ao mundo dos judeus. Foi um judeu que escreveu que Jesus não morreu meramente por nossos pecados, mas pelos pecados do mundo todo. Será que a palavra nossos refere-se aos crentes ou aos judeus crentes? Precisamos nos lembrar de que um dos pontos cardeais do Novo Testamento refere-se à inclusão dos gentios no plano da salvação de Deus. A salvação era dos judeus, mas não restrita aos judeus. Onde quer que seja dito que Cristo morreu por todos, algum limite precisa ser acrescentado, ou a conclusão teria de ser o universalismo ou a mera expiacão potencial.

[…] Nunca houve a menor possibilidade de que Cristo pudesse ter morrido em vão. Se o homem está verdadeiramente morto no pecado e preso ao pecado, uma mera expiação potencial ou condicional não somente pode ter acabado em fracasso, como muito certamente teria acabado em fracasso. Os arminianos não têm razão verdadeira para crer que Jesus não morreu em vão. São deixados com um Cristo que tentou salvar a todos, mas na realidade não salvou ninguém.” [8]

Os calvinistas misturam tantas questões provocando uma confusão mental nos leitores, mas vamos separar os principais argumentos desta objeção.

Ele não pune os mesmos pecados duas vezes. Ele não pode punir alguém pelos pecados, se as exigências da lei quanto a esses pecados já forem cumpridas.

A superficialidade desta doutrina, no aspecto cristocêntrico, acarreta estes equívocos. Teólogos calvinistas, pelos excertos acima, tratam a condenação do ímpio como um pagamento (transação comercial/pecúnia) pelo pecado ou como uma condenação que “paga” pecados, comparando o estado de condenação com o pagamento (expiação) pelo pecado promovido por Cristo.

Algo claro nas Escrituras é que Deus decidiu soberanamente perdoar os pecados daqueles que creem imputando-lhes a justiça de Deus pela fé (Rm 1:17). Só existe um sacrifício pelos pecados. “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.” Hb 10:26-27

Deste modo, quando alguém (algum homem) é condenado ao inferno ele não vai pagar (porque não tem como ser pago) os seus pecados, não existe um purgatório, o inferno não é isto, o que ocorre é que o estado de pecado (separação de Deus) se torna perene e assim o homem é privado do supremo bem por toda a eternidade.

Só há um pagamento pelos pecados, tudo o que o homem recebe é a retribuição por seus próprios erros, sofre as consequências do erro e do estado pecaminoso. Mas nenhum homem, nem nesta vida e nem na posterior, pode pagar (expiar) ou paga pecados, ou nos rendemos e aceitamos o perdão de Deus e a remissão em Cristo ou arcaremos com as consequências da desobediência. 

“Se Ele expiou todos os nossos pecados e propiciou todos os nossos pecados, então todos seriam salvos”.

As promessas são para aqueles que creem, recebemos os benefícios, os méritos de Cristo pela fé. “Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.” Gl 3:6 “Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.” Rm 4:3”E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.” Tg 2:23

Recebemos a reconciliação quando cremos e só a partir de então ela se torna efetiva individualmente. Jesus Cristo foi sacrificado como uma oferta atemporal e é isto que confunde os deterministas, a atemporalidade da expiação. O fato de Cristo saber todas as coisas, referente àqueles que crerão, não é a causa necessária delas.

Analisando a posição contrária, isto é, por que Deus salva incondicionalmente apenas alguns pré-escolhidos e não a todos? Em “Eleitos de Deus” o calvinista Sproul admite não ter resposta para a pergunta “porque Deus, se a graça é irresistível, não salva a todos?”, vejamos o que ele diz:

“Por que Deus somente salva alguns? Se nós admitimos que Deus pode salvar os homens violentando suas vontades, por que então Ele não violenta a vontade de todos e traz todos a salvação? (Estou usando aqui a palavra violentar não porque eu realmente pense que exista uma violentação errada, mas porque os não calvinistas insistem no termo.) A única resposta que eu posso dar a esta pergunta é que eu não sei. Não tenho idéia por que Deus salva alguns e não todos.

Não duvido por um momento que Deus tenha o poder de salvar todos, mas eu sei que Ele não escolhe salvar todos. Realmente não sei por quê.” [9]

É muito claro o fato de que a própria indagação constitui um argumento contrário aos calvinistas, porque a doutrina da expiação limita desfigura o caráter santo, justo e amoroso de Deus, deste modo é melhor abraçar o mistério ou ainda ser sincero como foi R. C. Sproul neste ponto. Por outro lado a teologia arminiana oferece respostas a quase todas as questões cruciais da fé Cristã, até pela sua longa trajetória de grandes nomes defendendo as doutrinas da graça (livre). Os objetores calvinistas esperam que os seus adeptos aceitem irracionalidades sem questionamentos ou mesmo que aceitem impossibilidades lógicas.
“Nunca houve a menor possibilidade de que Cristo pudesse ter morrido em vão.”

Pense conosco: Se qualquer homem, ser racional e finito, pudesse ter por um momento um conhecimento exaustivo (presciente) sobre dado assunto ou questão, como por exemplo, antevisse todos os resultados de todos os jogos do campeonato brasileiro de clubes de futebol deste ano. Seria possível tal homem errar um resultado sobre o campeonato ou apostar errado na loteria esportiva, a menos que quisesse?

Então como Deus, conhecendo tudo e todas as coisas exaustivamente pode perder de algum modo? (Entretanto Deus não faz apostas, é somente para fins de comparação). Como pode ter sua vontade ou desejo frustrado? Como, de algum modo, pode ser contrariado em seu prévio conhecimento? Não há como.

Jesus sabia exatamente por quem e por quantos (aspecto efetivo da expiação) estava morrendo por conhecer de antemão todas as coisas, mas o conhecimento prévio não é a causa motora ou necessária dos acontecimentos, o que demonstraremos no próximo item,
“.., Cristo que tentou salvar a todos, mas na realidade não salvou ninguém”.

Este argumento sugere que “efetivamente”, dado o aspecto provisional da expiação, Cristo não salvou a ninguém em particular, nem garantiu salvação a ninguém.

Mais uma vez podemos perceber que o aspecto atemporal da expiação não é compreendido pelo calvinista. Consideremos assim, se a história da humanidade tivesse sido concluída pouco após a ascensão de Cristo aos céus, isto é, por exemplo, como os tessalonicenses acreditavam que a volta seria muito breve, e logo tivéssemos a ressurreição e o juízo, deste modo todos os Apóstolos e crentes da época seriam os efetivamente salvos. Voltando um pouco mais ainda, se o mundo acabasse no dia da ressurreição, todos os que creram nas promessas (os profetas, os patriarcas e todos os que foram fies a Deus antes de Cristo) foram efetivamente salvos em sua morte e ressurreição. Assim o argumento do teólogo calvinista cai por terra, porque o sacrifício de Cristo foi efetivo para aqueles que creram nas promessas, para os que creram em Cristo naquela época e para todos os que crerão.

O que devemos fazer é dar uma aplicação atemporal do sacrifício, assim como aplicamos àqueles que foram antes de Cristo, morreram crendo nas promessas, foram efetivamente salvos na cruz, os que crerão depois (e Deus já os conhece) também o foram (de certo modo), naquele dia.

OBJEÇÃO 5: Impossibilidade de harmonizar presciência de liberdade de escolha.

RESPOSTA

Lutero, no início de suas descobertas teológicas, objetou a Erasmo de Roterdão quanto o livre-arbítrio e questionou o conceito de presciência, conforme abaixo segue:

“Porém, quando Deus prevê alguma coisa, ela acontece porque Ele assim previra. Se você não aceita isso, mina todas as ameaças e promessas de Deus. Você nega o próprio Deus. […]se tentarmos provar tanto a presciência de Deus como o livre-arbítrio humano, ao mesmo tempo, teremos problemas – é como tentar demonstrar que certo algarismo é, ao mesmo tempo, um nove e um dez.” [10]

O que Erasmo havia dito? Vejamos:

“(Os patrísticos) Eles explicam satisfatoriamente a dificuldade referente à presciência dizendo que ela não impõe uma necessidade à nossa vontade – mas, ao meu ver, ninguém faz isso melhor do que Laurêncio Valla. Com efeito, a presciência não é a causa das coisas que acontecem, pois sucede que temos presciência de muitas coisas que não acontecem porque as conhecemos previamente, mas, muito antes, nós as conhecemos previamente por estarem para acontecer. Assim sendo, o eclipse solar não acontece porque os astrólogos predizem a sua ocorrência, mas eles predizem a sua ocorrência porque ele certamente aconteceria. Em contra partida, a questão da vontade e da determinação de Deus é mais difícil.” [11]

Fazendo como Erasmo, digo que a melhor (mais clara) explicação que encontrei foi a do Dr. R. Picirilli, que abaixo segue:

“Primeiramente, devemos distinguir entre certeza, contingência e necessidade. A “necessidade” precisa ser como é por razões de causa e efeito. A “contingência” realmente pode ser tanto de uma maneira como de outra (ou múltiplas). Não é obrigatório ser como é, mesmo que seja assim. Qualquer decisão livre encontra-se nesta categoria. A “certeza”, no entanto, é o que foi ou é ou será: isto é, um simples fato.

Nota: Todos os acontecimentos são certezas (fatos). Alguns acontecimentos são tanto certezas quanto necessidades: as leis da física, por exemplo. Por outro lado, alguns acontecimentos são tanto certezas quanto contingências: se os Flames[time universitário de futebol americano] perderem seu próximo jogo, é certo que perderão (mas somente se perderem), mas o fato de ganharem ou perderem é contingente, dependendo de como eles e a outra equipe jogarem, como o jogo for apitado, etc. No entanto, nenhum acontecimento é contingente e necessário ao mesmo tempo. Todos nós cremos que realmente existem decisões que são contingentes. Podemos realmente escolher fazer de uma maneira ou de outra em muitos tipos diferentes de situações, sejam bobas ou importantes, morais ou não morais. Apesar de Deus saber qual será nossa decisão, seu conhecimento não causa a escolha. Ele conhece as escolhas que faremos somente se realmente fizermos estas escolhas. Ele pode conhecer algo de antemão sem fechar a porta a outras possibilidades.

A comparação do conhecimento de Deus à nossa pode ajudar. Apesar de não podermos conhecer o futuro, podemos conhecer o passado. Por exemplo, eu sei qual foi o terno que vesti hoje pela manhã. Era obrigatório que eu usasse aquele terno? Poderia ter escolhido outro? Claro. É certeza que escolhi este terno? Sim. Ninguém diria que como eu sei que é certo que estou vestindo este terno eu não poderia ter usado outro senão eu estaria enganado! Se eu tivesse vestido outro terno, saberia agora que certamente vesti o outro.

Da mesma forma, o conhecimento de Deus de um acontecimento futuro não é a causa do fato e nem significa que o fato necessariamente tem que ser como será. Ele sabe que os Estados Unidos irão à guerra contra o Iraque somente se, de fato, isto for acontecer. Quando contingências estão envolvidas, decisões livres serão tomadas pelas pessoas quando vier o momento. O conhecimento de antemão de Deus não as causa nem elimina outras possibilidades da mesma forma que o meu conhecimento do passado não causou o acontecimento e nem limitou suas possibilidades. Ele conhece qual a escolha que farei somente se eu fizer a escolha.” [12]

Conforme a exposição acima, a questão que nos resta, e que como já explicamos, é a questão da atemporalidade de Deus e de seu sacrifício, isto é, enquanto ação e propósito. Embora Deus saiba quem são os que serão redimidos e ainda todos os nossos atos, o prévio conhecimento não é a causa dos eventos, mas os eventos ocorrem como previamente conhecidos.

OBJEÇÃO 6: Como pode ser o homem livre se Deus conhece exaustivamente o seu futuro?

RESPOSTA

O homem é livre em seu cotidiano para agir e escolher conforme a sua necessidade, como bem explicou o Dr. Picirilli, a presciência não é a causa do fato, senão, inevitavelmente todos os atos de pecado seriam atribuídos a Deus, o que deve ser sempre rejeitado.

De regra as falsas teologias confundem certeza com necessidade. Do ponto de vista de Deus todos os fatos são certos, isto é, ocorrem com certeza, mas não necessários, por exemplo as nossas escolhas diárias, tratam-se de atos contingenciais, podem ser efetuados de um modo ou doutro. Deus sabe, desde antes da fundação do mundo, desde a propositura do sacrifício de Jesus nos tempos eternos, quem e quantos seriam remidos por este sacrifício (Jo 17:24; Ef 1:4; I Pe 1:20), mas as escolhas temporais dos homens foram efetuadas por eles mesmos. Cada um dará conta de si mesmo. Rm 14:12.

Espero ter ajudado a esclarecer os pontos e os erros da heresia determinista, demonstrando que uma pergunta mal formulada ou ainda palavras utilizados sem o correto significado não podem resultar em respostas satisfatórias, entretanto, pondo cada assunto em seu devido lugar, de acordo com a sua importância e ordem temática, é possível explicar e responder à todas as objeções contra a sã doutrina ou contra as doutrinas da Graça. [13]

[1] OLSON, Roger. Teologia Arminiana – Mitos e Realidade. Tradução: Welligton Carvalho Mariano. São Paulo: Editora Reflexão, 2013. p. 214.
[2] OWEN, Jonh. Por quem Cristo morreu?. Tradução: Sylvia E. de Oliveira. 3ª Ed. São Paulo: Editora PES, 2011. p. 23-24.
[3] PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas Bíblicas. Tradução: Lawrence Olson. São Paulo: Editora Vida, 2009. p. 140.
[4] PACKER, J. I. O Antigo Evangelho. Tradução: João Bentes. São José dos Campos-SP: Editora Fiel, 2013. p. 12.
[5] ANGLADA, Paulo. As Antigas Doutrinas da Graça. Ananindeua-PA: Knox Publicações, 2009. p. 18.
[6] STOTT, Jonh. A Cruz de Cristo. Tradução: João Batista. São Paulo: Editora Vida, 2006. p. 280.
[7] MYATT, Alan.; FERREIRA, Franklin. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: Vida Nova, 2002. p. 193.
[8] SPROUL, R. C. Eleitos de Deus. Tradução: Gilberto Carvalho Cury. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. pp. 193-194.
[9] Ibid. p. 26.
[10] LUTERO, Martinho. Nascido Escravo. Tradução: Tiago J. Santos Filho. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2014. pp. 77-78.
[11] ERASMO, de Roterdã. Livre-arbítrio e Salvação.Tradução: Nélio Schneider. São Paulo: Editora Reflexão. 2014. p. 108.
[12] PICIRILLI, Robert. Palestras Leroy Forlines no Free Will Baptist Bible College, 19-22 de novembro de 2002. Disponível em : Acesso 02/05/2013.
[13] Todas as citações bíblicas utilizadas são da versão J. F.A Corrigida e Revisada Fiel.

Ele voltou, fiquei, e agora?

Se fosse agora, estarias em pé diante de DEUS?




Acordei mais cedo hoje como de costume, e como eu tinha uma reunião na parte da tarde com o pastor, adiantei minhas tarefas de zelador em nossa igreja. Tudo estava normal, como de costume, cheguei bem cedo na igreja, corri ao almoxarifado e peguei o que era necessário para dar início a faxina.

Fiz minhas tarefas e obrigações como fazia há 30 anos naquela igreja. Acabei um pouco mais cedo ao ponto que daria até para almoçar com minha esposa em casa, antes de voltar à igreja para tal reunião com o nosso pastor.

Mas o que eu não imaginava, nem passava por minha cabeça aconteceu. Esse seria o pior almoço de toda minha vida. Chegando em casa percebi um silêncio mortal, meu coração quase pulava de tanta ansiedade e pelo mal pressentimento que invadia meu ser naquele momento. 

Mateus 24:40-42

Passei pela sala e olhei com medo para o nosso quarto que dava pra sala, tudo estava normal, cama arrumada como sempre, tudo em seu devido lugar, mas porém minha esposa não estava no quarto. Fui caminhando devagar até chegar na cozinha, já pressentindo algo de ruim que teria acontecido com minha esposa, olhei pra onde fica o fogão, se quer tinha panelas em cima dele. Minha esposa também não estava lá, só confirmando minha suspeita, pois ao entrar em casa não senti cheio de sua comida que, pelo horário, deveria estar quase pronta para ser servida.

A coisa era mais séria do que eu imaginava. Olhei para o quintal também minha esposa não estava por lá; só faltava um lugar que eu não havia ido que era o banheiro. Quem sabe, pensei; pra minha surpresa nem sinal de Sofia… Mas, um pequeno detalhe chamou a minha atenção. Era a Bíblia de Sofia aberta sobre a mesa, me aproximei e tinha algumas anotações em uma folha ao lado. Ela estava fazendo um esboço de Mateus 24 para, quem sabe, palestrar como de costume na reunião de senhoras.

O que aconteceu? Pra onde foi essa mulher? Porque ela teria me abandonado sem deixar nenhum vestígio, nem aviso? Pálido e gelado segurei em meu peito a Bíblia rabiscada de minha querida Sofia e entrei em pânico. Ouvi gritos pelas ruas, minha vizinha pedia socorro, por perceber o sumiço de sua filhinha que acabara de amamentar e colocar no berço… 

Mateus 24:21

Eu queria que tudo aquilo que eu estava passando fosse apenas um sonho, mas não era. Tudo era real. Então olhei pro céu e exclamei: “Fui deixado pra trás”. Fiquei e agora o que será de minha vida?

Comecei a esbravejar com Deus: Porque o Senhor também não me levou? Servi por 30 anos, limpando sua casa com toda dedicação e o Senhor me deixou???? Agora não tem mais jeito é enfrentar os piores dias que estão por vir…

Este relato acima será um dos milhares que acontecerão em um futuro bem próximo.

O que foi profetizado, pregado por séculos, décadas, aconteceu… JESUS RETORNOU, muitos que estavam desapercebidos ficaram…

Meus queridos irmãos, quantas pessoas estão vivendo uma vida de aparência dentro de suas igrejas? Quantas pessoas, assim como o Zelador José Luiz de nossa história, estão há 30 anos até trabalhando na instituição, mas estão distantes do Senhor? Quantas pessoas ficarão por não terem tido um verdadeiro encontro com Deus, ou não ter levado a sério suas vidas espirituais? Quantas pessoas que neste exato momento sabem e têm consciência que são impuras por práticas pecaminosas e nunca confessaram seus pecados e vivem como se Cristo nunca fosse voltar?

Tempo de igreja, batismo, dizimo não garante sua ida ao encontro do Noivo se sua motivação for apenas por religiosidade. Como será triste, esse momento, pais chorarão amargamente por verem seus filhos serem arrebatados. Filhos e filhas se desesperarão por não terem subido ao encontro do Senhor nas nuvens. Esposos ficarão em desespero, por nunca dar crédito as suas mulheres, enquanto pregavam pra eles.

Estamos vivendo como os dias de Noé, casam-se e se dão em casamentos, tudo está normal, ninguém mais ouve falar que Cristo está retornando. Sermões espalhados pelos quatro cantos do mundo já não alertam os crentes para o arrependimento, para uma vida de santificação. JESUS já não tem o mesmo espaço que deveria ter em algumas igrejas.

Mateus 24:37-39

Eu quero alertá-los para o seguinte acontecimento: Os anjos estão prontos com suas trombetas próximos de suas bocas e olham atentamente para ETERNO aguardando apenas a ordem para tocá-las. Ao tocar tais trombetas a NOIVA será raptada desse Mundo e estará para sempre com JESUS.

Mateus 24:31
Tessalonicenses 4:16
I Tessalonicenses 4:17
Daniel 12:1-3

Ele está voltando! Como está sua vida, meu amado irmão? Estás pronto? Maranata ou Misericórdia?

Mateus 24:44

Se fosse agora, estarias em pé diante de DEUS? Não posso te julgar, essa reflexão é pessoal e intransferível. Só você sabe como anda sua vida espiritual. Por enquanto, JESUS não voltou, renove sua fé. A porta da GRAÇA ainda aberta está…. 

I Tessalonicenses 5:23
I Tessalonicenses 4:13-18

Pense nisso...

quarta-feira, 22 de julho de 2015

EU NÃO ACREDITO NO TAL DO AVIVAMENTO



Lucas 18:8b diz: "... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? ..." e em Mateus 24:12 diz: "... E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de quase todos se esfriará ..."


Eu não acredito num avivamento coletivo, de igrejas lotadas, abarrotadas, de todos os pastores se tornarem honestos, não pregarem mais a teologia da prosperidade, de muitos dos programas de televisão cristãos deixarem de ser faz de conta, do evangelho ser pregado muito facilmente, as pessoas se converterem, mudarem de vida, serem menos egoístas, mais amorosas e blablablablabla...


Eu acredito que as pessoas vão se tornar mais corruptas, mais egoístas, mais mimadas, manipuladoras, mais elas vão pregar o que elas querem e não o que DEUS quer e por aí vai.


II Timóteo 3 diz: "... Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles. Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, – que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor. Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra ..."


Diante desses fatos, eu não posso acreditar que o mundo se tornará lindo, com pôneis benditos, unicórnios, anjinhos, fadas, o frodo e etc (rsrsrs...)


Mas as manifestações de orações e jejuns por pessoas, cidades, nações é invalido? Claro que não! São completamente válidos! O Jejum muda a nós mesmos e a Oração Intercessória nos faz menos egoístas passando a sentir a dor de outros pedindo intervenção do Senhor por eles.


Eu acredito em Joel 2:28 que diz "... E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça ..."


Mas eu acredito que isso é pessoal. Pessoas que buscarem e se voltarem ao Senhor, serão cheias por Ele, desfrutarão de Dons, Habilidades Especiais para edificação própria e do próximo, acredito que DEUS fará coisas loucas através daqueles que o buscarem.


Eu acredito em corações sedentos, corações que não se conformaram com esse mundo, mas amaram mais ao seu DEUS e ao seu Cristo que vão se render ainda mais a Ele e serão cheios.


II Crônicas 7:14 - "... e se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se arrepender dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei seus pecados e sararei sua terra ..."


Pense nisso...


Avivamento: Talvez você esteja fazendo isso errado!