quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Antes que digam qualquer coisa...

Olá a todos os amigos!
Vou ser bem direto, curto e grosso!

Antes que alguém diga alguma coisa pelas coisas que eu estou postando aqui, vou deixar uma coisa bem clara:

"O Blog é meu e eu posto o que eu quiser aqui!"

Abraços!

Joana Prado em Entrevista - Muito Bom!

Joana ficou conhecida na mídia pela sua personagem sensual, Feiticeira, na Rede Bandeirantes. Mas agora, com 32 anos e maturidade, ela mostra que é uma mulher virtuosa e apaixonada por Jesus. Joana já tem cinco anos de conversão.


GZ: Joana,como você conheceu Jesus e quando foi sua conversão?
Joana Prado: Eu aceitei Jesus no final de 2003. Graças a Deus foi pelo amor. Sempre tive curiosidade sobre Deus, indo primeiro na igreja católica, depois em centro Kardecista e então na evangélica.


GZ: O que mudou na sua vida depois da sua conversão?
Joana Prado: Mudou tudo para melhor. Minha postura como mulher, dona de casa (na época eu já morava sozinha). Tirei todo meu "eu" deixando Cristo viver em mim, negando muitos trabalhos e recebendo também muitas bênçãos!!!


GZ: Como você conheceu o seu esposo, Vitor Belfort?
Joana Prado: Conheci em um evento no interior de São Paulo. Ele veio falar comigo e trocamos telefone.


GZ: Como é o seu dia a dia?
Joana Prado: Meu dia a dia é uma correria. Acordo bem cedo e vejo tudo o que deve ser feito em casa.
Depois levo meus filhos à natação, banho, almoço e colégio. Depois vou fazer minhas coisas. Fim de tarde começa tudo de novo: jantar para as crianças, brincadeiras, banho e cama.


GZ: Entrevistamos o Fat Family e a Dayse nos contou que conheceu Jesus na sua casa. Como tem sido o trabalho da sua família em levar Jesus aos artistas?
Joana Prado: Minha frase é: “Pregue, pregue,pregue...e se possível, fale". Minha postura mudou completamente depois que me converti e todos conseguem ver essa mudança, então me perguntam por que mudei. Aí é quando eu entro com tudo (risos).


GZ: As pessoas ainda ligam a sua imagem a uma pessoa sensual, como sua personagem no início da carreira, feiticeira, ou não?
Joana Prado: Não. Desde a Casa dos Artistas, mudou demais meu público. Depois que entrei para o Note e Anote, na Record, fazendo reportagens, mudou mais ainda.


GZ: Como manter um casamento próspero, abençoado e cheio de vida?
Joana Prado: Tendo Jesus como centro de nossas vidas. Quando Deus controla nossa casa conseguimos enxergar por outro prisma nossas dificuldades.


GZ: Como você lida hoje com a beleza e o ego?
Joana Prado: Adoro Provérbios 31 onde fala sobre a mulher virtuosa. No versículo 30 diz: “Enganosa é a graça, a vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada". Acho que não preciso dizer quais DEVEM ser nossas prioridades, né?


GZ: O que é mais difícil para você em ser cristã?
Joana Prado: Não sei. Acho que não tem nada que não seja resolvido. O que peço muito a Deus é sabedoria também na educação e criação dos meus filhos, porque eles não podem achar uma chatice ser crente. Mas tenho obrigação de ensiná-los e mostrá-los a verdade a respeito de Halloween,Cosme damião, etc. O Davi outro dia perguntou para um Papai Noel se ele falava de Jesus para as criancinhas, porque o aniversário era DELE (Jesus) e só falavam do Papai Noel. Liiiindoooooo!!!! Dei tantos beijos nele (risos).


GZ: Qual o maior milagre da sua vida?
Joana Prado: A misericórdia de Deus que se renova a cada dia. Eu me converto TODOS os dias. Arrependendo-me de tudo e estando disposta a realmente mudar mais e aprender muito com Deus.


GZ: Deixe um recado para nossos leitores.
Joana Prado: Costumo dizer que responsabilidades nós temos todos os dias, mas escolha, você só faz uma vez. Escolha o caminho do bem, plante sementes boas para sua colheita ser agradável. Aceite Jesus como o Mestre da sua vida deixando ELE guiar seus passos, e só assim terá a verdadeira paz de Espírito e sua Salvação!!!!


PERFIL:


Música: Sua Graça Me Basta


Amor: Jesus e minha família (filhos e marido) Vida: A vida é feita de escolhas e Deus sempre nos dá a oportunidade de escolhermos o caminho do bem


Livro: O Vendedor de Sonhos, Augusto Cury


Família: É a base de tudo! Tenha um lar e não uma casa!


Deus: Meu porto seguro, meu amigo, confidente, conselheiro Referencial: A coragem de Ester, a escolha de Maria (Marta), o jeito de ser da mulher virtuosa de provérbios 31, a atitude de Rute.


Vitor Belfort: Meu amor, minha carne. O homem que escolhi para ser meu companheiro, pai dos meus filhos, enquanto estivermos vivos


Amizade: É um presente de Deus. Como diz em uma música (não me lembro o nome)- “ter amigos é ter Jesus em seu coração..."


Alegria: Poder receber amigos, família, amigos do meu filho em minha casa e todos estarem felizes. Alegria é ter um verdadeiro lar firmado na rocha!!!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Natal está chegando!!!

Está chegando o Natal!!! Uma data que para muitos representa alegria, festas, reuniões com amigos e familiares, muita comida e bebida, uma época que, para mim, é uma das mais hipócritas do ano, isso se não for a mais hipócrita. No século em que vivemos o Natal não tem mais o seu real significado, mas tem um simbolismo completamente errôneo e mentiroso de todos.


Nessa época, muito se fingem ser bonzinhos e dizem que o amor, a paz, a solidariedade tomou conta de seus corações. Uma época onde muitos exageram nas compras, muitos dão e recebem presentes, muitos decoram suas casas com árvores de natal, luzes por todos os lados, festas, muitas comidas e bebidas, tudo para simbolizar o Espírito do Natal. Por outro lado, outros mantém o Espírito do Natal trabalhando muito mais, exagerando nas horas extras, vivendo numa loucura exagerada tudo em busca da sua segurança de natal. Para mim, tudo isso é uma grande mentira e a maior farsa de todas. É a contraposição dos valores e a expressão humana mais mentirosa de todas é o tal do “Ho ho ho ho ho!!! Feliz Natal!!!” Se todos esses conceitos são tão bons, porque as crianças de classe média ganham presentes e as crianças da favela ficam à espera dos seus Papais Noéis, que na verdade são ONGs que trazem seus míseros presentinhos feitos com um plástico vagabundo a fim de alegrar a criançada das periferias? Se todos esses conceitos são tão legais assim e se as pessoas realmente mudam no Natal, porque essa mudança não permanece durante todo o ano? Por que os homens não se tornam mais justos e menos avarentos? Por que os homens continuam fazendo guerras, buscando uma falsa paz que na verdade é apenas um pretexto para cumprirem com seus interesses? Se nessa época as coisas são tão boas, porque os Países Desenvolvidos não ajudam os Países Subdesenvolvidos? Por que os países ricos não ajudam os pobres? Por que ninguém ajuda a África intervindo nos seus conflitos internos e nas suas guerras civis? Só porque não fazem parte dos interesses de ninguém? Aí eu coloco um “X” nas costas dessas pessoas e deixo elas matarem umas às outras?


Não pense você que eu sou uma daquelas crianças que ficou ferida sentimentalmente por conta de não ter recebido a visita do velhote, porque eu recebi sim. Mas tudo muda de sentido, quando a gente entende que o velhote não existe e que ele só é, simplesmente, a expressão do nosso mundo capitalista, uma propaganda que se arrastou por décadas para fazer o comércio lucrar. Então você vê o porquê de você ter ganhado um presente de Natal e o seu amigo que não tem pai, talvez tenha ficado sem nada.


Enfim, não quero tirar a ilusão de nenhuma criançaa, não é isso, mas só acho que os humanos precisam deixar de ser mentirosos e começar a falar a verdade consigo mesmo. Ao meu ver, o que se prega no Natal não pode ser por apenas alguns dias, não pode se resumir à uma ceia do dia 24 para o dia 25 de dezembro assistindo a missa do galo, da galinha, sei lá. Não pode ser apenas por “festa” de fim de ano, onde todos fingem ser amigos, fingem se amar, fingem que estão todos legais, mesmo que por dentro um veja o outro e pense: “Esse enriqueceu, está roubando!” ou “Esse continua pobre, mas é um vagabundo mesmo!” ou então “Esse continua assim... Aquele continua assado...” Enfim, não pode se resumir a um monte de gente bêbada simulando uma falsa felicidade, não pode se resumir à promessas de mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares, mudança de estilo de música, mudança de cabelo, mudança de dieta, mudança de casa, mudança de religião, mudança disso, daquilo, daquilo outro, enfim, mudança de mudança e por aí vai. Se é que existe um espírito natalino, acho que esse espírito deveria permanecer pelo resto do ano, acho que as pessoas deveriam se atentar para o verdadeiro sentido do Natal e deixar que isso aflore em seus corações. Não de uma maneira simbólica ou tradicional, mas de uma maneira real. Talvez você esteja pensando agora: Lá vem aquele papo de crente, de que 25 de dezembro é o nascimento do menino Jesus e blablablablabla... Pois é, sinto em desapontá-lo, mas Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Isso é apenas um feriado criado pelo homem para não ter que trabalhar, ainda mais em se tratando de nós brasileiros, onde usamos o dia 25 de dezembro para para emendar uma semana de descanso até o Ano Novo, para depois do dia 2 de janeiro começar tudo de novo. O dia 25 de dezembro é apenas um simbolismo, não de uma festa, mas de algo que deveria estar no coração dos homens que é o nascimento de um cara muito louco que teve peito pra cumprir o seu objetivo de vida: Morrer por você! A frase parece até redundante, onde eu digo que o objetivo da vida de alguém era a morte. Pois é exatamente isso! Um cara que se resguardou desde o nascimento, para ser perfeito, sem absolutamente nenhum erro, nenhuma marca, para que tivesse moral para morrer por alguém e se entregar como um sacrifício. Imagine uma pessoa tendo suas mãos perfuradas e os seus pés dilacerados por pregos imensos, com uma coroa de espinhos grotescos que perfuravam o seu crânio, além de ter sido chicoteado, humilhado, cuspido, chutado, xingado e ter uma lança rasgando o seu lado para que tudo aquilo trouxesse salvação para você.


Talvez você ache que existe uma certa subjetividade quando eu falo sobre salvação, mas se você ao menos entendesse e se dispusesse a viver o que eu estou tentando te falar, você saberia o que é isso e como é tão bom ter isso dentro de você. Aí vem a pergunta: Como assim dentro de mim? Aí vem a declaração ainda mais subjetiva e louca, talvez fanática, sei lá, que é o seguinte: Ele morreu por você, mas ele ressucitou. Então, você estende a festa do Natal para a Páscoa, porque a Páscoa não é aquele coelho louco com ovos de chocolate, até porque coelho nem bota ovo, muito menos de chocolate, mas é a extensão do que você “prega” no Natal, porque se o Natal é o nascimento, a Páscoa é a morte e a ressurreição. Então você conclui a maior loucura de todas: De que o verdadeiro “Espírito do Natal” tem que estar em nós todos os dias do ano e que se você pelo menos vivesse essas coisas que eu estou tentando te falar, você conseguiria mudar o mundo começando por você. Porque se você muda, você impressiona outras pessoas que começam a querer aquilo que está acontecendo com você. O mundo começa a ser mudado a partir de atitudes que você pensa ser pequena, mas que na verdade são as maiores atitudes de que um homem ou mulher pode tomar em toda a sua história.

Se você quer saber um pouco mais do que eu estou tentando te dizer, então venha Renascer.
Rua Padre Manuel Bernades n° 971 – Campinas/SP

Ministros do Supremo pedem arquivamento de processo contra o Apóstolo Estevam Hernandes e a Bispa Sônia Hernandes

Para o advogado do casal, esta tese vai criar precendente para outros processos.

Dois ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram que os fundadores da Igreja Renascer em Cristo não cometeram crime de lavagem de dinheiro. A acusação foi feita pelo Ministério Público de São Paulo, que também denunciou o casal Estevam e Sônia Hernandes de comandarem uma organização criminosa.


O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no Supremo, entendeu que não se pode falar em lavagem de dinheiro porque não teve crime anterior. Ou seja, o dinheiro não foi arrecadado por uma organização criminosa. E pediu o fim da ação penal:

- A historinha contata pelo Ministério Público na denúncia não configura no Brasil crime, e foi a base do meu voto.

O ministro Dias Toffoli endossou o voto de Marco Aurélio Mello e reforçou a tese da defesa. O julgamento acabou sendo suspenso depois de a ministra Carmem Lúcia pedir vista do processo. Isso significa um prazo maior para apresentar sua decisão.


Os dois ministros da mais alta corte da Justiça brasileira foram objetivos: pela lei federal, uma pessoa precisa cometer um crime antes de ser acusada de lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, esse crime seria o de “organização criminosa”. Um crime que nem é previsto no Código Penal.

Para o advogado do casal, esta tese vai criar precendente "para um sem número de outros processos onde a mesma questão é debatida":

- Alguém pode ser processado no Brasil por crime organizado enquanto não houver legislação específica sobre isso? Não pode.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/caso-renascer-ministros-do-supremo-pedem-arquivamento-de-processo-20091111.html

domingo, 15 de novembro de 2009

Marcelo Crivella defende marcha e fundadores da Renascer em artigo

08/11/2009


O senador Marcelo Crivella (PR-RJ) publicou artigo no jornal Folha de S.Paulo, na seção Tendências/Debates, onde defende a legitimidade da Marcha para Jesus, em contraponto ao artigo publicado por Fernando de Barros e Silva, intitulado "A marcha de Jesus e o Diabo". No texto, salpicado de argumentos bíblicos, o senador carioca defende ainda a legitimidade das instituições, como da própria imprensa, porém coloca à reflexão posturas de jornalistas e de veículos que querem interferir em seara a qual não dominam, como a da justiça. Destaca o parlamentar: "Estevam e Sônia Hernandes foram sumariamente condenados por supostamente se 'evadirem' do Brasil e adentrar nos EUA com a extraordinária e mirabolante quantia de menos de R$ 50 mil cada um. Eis aí o 'grande assalto do século'. Cumpriram a pena. Sofreram todos os vexames impostos por uma sentença farisaica que, de alguma forma, lembra a que condenou os discípulos por comerem sem lavar as mãos. Pagaram um preço pesado. Mas o mais cruel de tudo é que, todas as vezes em que a imprensa a eles se refere, aviltando normas internacionais de direitos humanos e movida pelo mais odioso preconceito, o faz com a remissão àqueles fatos, já superados, para, mais uma vez, condená-los." Leia a íntegra do artigo "A marcha da legalidade", publicado no dia 5/11/09:


A marcha da legalidade


NINGUÉM PÕE em dúvida o valor da imprensa livre e atuante. Todos nós conhecemos a "marcha da insanidade": primeiro fecham-se os Parlamentos, depois caem as instituições e, finalmente, amordaça-se a imprensa -e é assim que os povos mergulham, desarvorados, no cataclismo de seus conflitos ideológicos. O que se espera, entretanto, é que o direito à liberdade de imprensa se harmonize com outro, que lhe antecede e a ele se sobrepõe, que é o direito à dignidade humana. A imensa multidão que marchou para Jesus na última segunda-feira tem plena consciência de que todos os princípios que se propõe a preservar, propagar, defender e amar para sempre não são nem sequer um milímetro inferiores ou incompatíveis com os princípios constitucionais de legalidade e justiça em que se fundamentam a sociedade e o Estado. É que, para sermos justos, precisamos observar todas as circunstâncias que emolduram os fatos, já que até mesmo os apóstolos foram julgados, sentenciados e morreram, uns crucificados, outros esfolados, tudo dentro de uma legalidade, mas sem que se fizesse justiça. O que ocorreu com o casal Hernandes, que ingressou nos Estados Unidos da América sem declarar o valor em espécie que levava, é que foi punido com o máximo rigor por conta da atmosfera de espetáculo, digna do coliseu romano, constituída de denúncias, insinuações e suspeições que, embora não provadas, emularam circunstâncias, as quais, estas sim, preponderaram no julgamento do fato em si, porque foram maciçamente divulgadas pela imprensa. Após décadas de trabalho árduo, cujas monumentais realizações são a maior prova da sua honestidade de propósitos, Estevam e Sônia Hernandes foram sumariamente condenados por supostamente se "evadirem" do Brasil e adentrar nos EUA com a extraordinária e mirabolante quantia de menos de R$ 50 mil cada um. Eis aí o "grande assalto do século". Cumpriram a pena. Sofreram todos os vexames impostos por uma sentença farisaica que, de alguma forma, lembra a que condenou os discípulos por comerem sem lavar as mãos. Pagaram um preço pesado. Mas o mais cruel de tudo é que, todas as vezes em que a imprensa a eles se refere, aviltando normas internacionais de direitos humanos e movida pelo mais odioso preconceito, o faz com a remissão àqueles fatos, já superados, para, mais uma vez, condená-los. Veja que o artigo recém-publicado nesta Folha sob o título "A Marcha de Jesus e o Diabo" (Opinião, 3/11, pág. A2) reincide no mesmo pecado. Eu sei bem o que é isso. Por causa de uma denúncia apócrifa, publicada de maneira precipitada por esta Folha, respondi durante anos por crimes que nunca cometi, até que o Supremo Tribunal Federal, após ouvir o procurador-geral da República, constatou a minha inocência. Mandei o acórdão para todos os jornais que me acusaram. Nenhum deles publicou sequer uma linha. Trata-se do mesmo processo que, agora requentado, há pouco ocupou, espalhafatosamente, as primeiras páginas de quase todos os jornais brasileiros. Só que, dessa vez, não me incluíram entre os acusados. Se o fizessem, o processo iria para o STF, em virtude da garantia constitucional de foro privilegiado consagrada aos membros do Parlamento, onde morreria no nascedouro, já que aquela egrégia corte o conhece minuciosamente e sobre ele já decidiu. Mas não creio, honestamente, que a pretensão seja a de obter a condenação. Ao que parece, o maior interesse é o de expor pessoas públicas ao constrangimento de longos depoimentos -antes e depois dos quais se promove o oprobrioso espetáculo midiático. Há na Bíblia uma passagem que diz: "Ferirei o pastor e se dispersará o rebanho". Os milhões de evangélicos que marcharam para Jesus ao lado de seus líderes, reafirmo, foi o ato mais solene e majestoso de revogação popular de todas as injúrias e calúnias que, ao longo dos últimos anos, nos irrogaram os ódios e as paixões.


MARCELO BEZZERRA CRIVELLA , Senador da República

terça-feira, 3 de novembro de 2009

No século 21, filósofos defendem a existência de DEUS

Nos últimos tempos, o mercado literário tem sido inundado por títulos defendendo o ateísmo. Boa parte deles viraram best-sellers – caso de Deus, um delírio, de Richard Dawkins, o mais ruidoso lançamento recente nesta linha. Em pleno século 21, filósofos encontram novos argumentos para defender a existência do Todo-poderoso.

Pode-se supor, à primeira vista, que seja impossível aos pensadores modernos defender intelectualmente a existência de Deus. Todavia, um exame rápido nos livros do próprio Dawkins, bem como de autores como Sam Harris e Christopher Hitchens, entre outros, revela que o chamado novo ateísmo não possui base intelectual e deixa de lado a revolução ocorrida na filosofia anglo-americana. Tais obras refletem mais a pseudociência de uma geração anterior do que retratam o cenário intelectual contemporâneo.

O ápice cultural dessa geração aconteceu em 8 de abril de 1966. Naquela ocasião, o principal artigo da revista Time, um dos maiores semanários da imprensa americana, foi apresentado numa capa completamente preta, com três palavras destacadas em vermelho: “Deus está morto?”. A história contava a suposta “morte” de Deus, movimento corrente na teologia naquela época. Porém, usando as palavras de Mark Twain, a notícia do “falecimento” do Criador foi prematura. Ao mesmo tempo em que teólogos escreviam o obituário divino, uma nova geração de filósofos redescobria a vitalidade de Deus.

Para entender melhor a questão, é preciso fazer uma pequena digressão. Nas décadas de 1940 e 50, muitos filósofos acreditavam que falar sobre Deus era inútil – aliás, verdadeira tolice –, já que não há como provar a existência dele pelos cinco sentidos humanos. Essa tendência à verificação acabou se desfazendo, em parte porque os filósofos descobriram simplesmente que não havia como verificar a verificação! Esse foi o evento filosófico mais importante do século 20. O fim do império da verificação libertou os filósofos para voltarem a tratar de problemas tradicionais que haviam sido deixados de lado.

Com o renascimento do interesse nas questões empíricas tradicionais, sucedeu algo que ninguém havia previsto: o renascimento da filosofia cristã. A mudança começou, provavelmente, em 1967, com a publicação do livro God and Other Minds: A Study of the Rational Justification of Belief in God (“Deus e outras mentes: um estudo sobre a justificação racional da crença em Deus”), de Alvin Plantinga. Seguiram-se a ele vários filósofos cristãos, que militaram escrevendo em periódicos eruditos, participando de conferências e publicando suas obras nas melhores editoras acadêmicas. Como resultado, a aparência da filosofia anglo-americana se transformou. Embora talvez ainda seja o ponto de vista dominante nas universidades americanas, o ateísmo hoje é uma filosofia em retirada.

Em um artigo recente, o filósofo Quentin Smith, da Universidade Western Michigan, lamentou o que chama de “dessecularização” da academia, que no seu entender evoluiu nos departamentos de filosofia desde o fim dos anos 60. Ele se queixa da passividade dos naturalistas diante da onda de “teístas inteligentes e talentosos que entram na academia hoje”. E conclui: “Deus não está morto na academia; voltou à vida no fim da década de 60 e hoje está vivo em sua última fortaleza acadêmica – os departamentos de filosofia”.

Teologia natural

O renascimento da filosofia cristã foi acompanhado pelo ressurgimento do interesse na teologia natural, ramo que tenta provar a existência de Deus sem usar a revelação divina. O alvo dessa teologia natural é justificar uma visão de mundo teísta ampla, que é comum entre cristãos, judeus e muçulmanos – e, claro, deístas. Embora poucos os considerem provas atraentes da existência de Yahweh dos cristãos, todos os argumentos tradicionais a favor da veracidade de Deus, além de alguns novos, encontram hoje defensores hábeis.

O argumento cronológico, por exemplo, defende que tudo o que existe tem uma explicação para sua existência, seja na necessidade de sua natureza ou em uma causa externa. E, se há uma explicação para a existência do universo, essa é a existência de Deus. Trata-se de um argumento com validade lógica, já que uma causa externa para o universo tem de estar além do espaço e do tempo; portanto, não pode ser física nem material. O argumento cronológico é defendido por estudiosos como Alexander Pruss, Timothy O’Connor, Stephen Davis, Robert Knoos e Richard Swinburne, entre outros.


Já o argumento cosmológico considera que tudo que começa a existir tem uma causa; portanto, se o universo passou à existência, também ele tem uma causa. Stuart Hackett, David Oderberg, Mark Nowacki e eu, particularmente, o defendemos. A premissa básica com certeza parece mais plausível do que sua negativa – afinal, acreditar que as coisas simplesmente comecem a existir sem uma causa é pior do que acreditar em mágica. Ainda assim, é surpreendente o número de ateus que evitam tal explicação. Tradicionalmente, os ateus defendem a eternidade do universo. Há, porém, muitos motivos, tanto filosóficos quanto científicos, para duvidar dessa eternidade. Para a filosofia, por exemplo, a idéia de passado infinito é absurda; se o universo nunca teve início, então o número de eventos históricos é infinito. Essa idéia é muito paradoxal, e, além disso, levanta um problema: como o evento presente poderia acontecer se houvesse um número infinito de eventos para acontecer antes?


Além do mais, uma série notável de descobertas astronômicas e astrofísicas do século passado conferiu nova vida ao argumento cosmológico. Temos, hoje, evidências bem fortes de que o universo não é eterno no passado, mas que teve um início absoluto há cerca de 13,7 bilhões de anos, em um cataclismo conhecido como Big Bang. Esta tese é espantosa porque representa a origem do universo a partir de praticamente nada – afinal, toda matéria e energia, inclusive o espaço e o tempo físicos, teriam derivado dele. Os recentes experimentos com o LHC, o mega-acelerador de partículas instalado nos Alpes suíços, caminham justamente nesta direção. Alguns cosmólogos até tentaram fabricar teorias alternativas para fugir a esse início absoluto – porém, nenhuma delas foi aceita pela comunidade científica.

Em 2003, os cosmólogos Arvind Borde, Alan Guth e Alexander Vilenkin conseguiram provar que qualquer universo que exista, em estado de expansão como o nosso, não pode ter passado eterno; mas teve, necessariamente, um início absoluto. “Os cosmólogos não podem mais se esconder atrás da possibilidade de um universo com passado eterno”, diz Vilenkin. “Não há como fugir – eles têm de encarar o problema do início cósmico”. Segue-se, então, que precisa ter havido uma causa transcendente que trouxe o universo à existência. Uma causa plausível no tempo, acima do espaço, e portanto, imaterial e pessoal.

“Assinatura de Deus”


Resta o argumento teológico. Este permanece firme como sempre, defendido, em várias formas, por gente como Robin Collins, John Leslie, Paul Davies, William Dembski e Michael Denton. Ultimamente, com o movimento denominado Projeto Inteligente, boa parte destes pesquisadores prosseguem na tradição de encontrar exemplos da “assinatura de Deus” nos sistemas biológicos. Todavia, o ponto sensível da discussão enfoca a recente descoberta da sintonia do cosmos com a vida. Essa sintonia assume dois aspectos – primeiro, porque quando as leis da natureza são expressas em equações matemáticas, como a da gravidade, apresentam certas constantes. Logo, não determinam esses valores. Segundo, há certas variantes arbitrárias que fazem parte das condições iniciais do universo – a quantidade de entropia, por exemplo. Essas constantes e quantidades se encaixam em um alcance extraordinariamente pequeno de valores que permitem a existência de vida. Se fossem alteradas em valor inferior ao da grossura de um fio de cabelo, o equilíbrio que permite a existência e sustentação da vida seria destruído – ou seja, não haveria vida.

A essência dessa argumentação é de que a existência do universo, tal qual o conhecemos, decorre do acaso ou de um projeto. Quanto ao acaso, teóricos contemporâneos cada vez mais reconhecem que as evidências contra a sintonia são quase insuperáveis, a não ser que se esteja pronto a aceitar a hipótese especulativa de o nosso universo ser apenas um membro de um hipotético conjunto infinito e aleatório de universos. Nesse conjunto, pode-se imaginar qualquer tipo de mundo físico, e obviamente só encontraríamos um onde as constantes e quantidades são compatíveis com nossa existência.

Claro que todos esses argumentos são objeto de réplicas e contra-réplicas – e ninguém imagina que algum dia se chegará a consenso. Na verdade, há sinais de que o gigante adormecido do ateísmo, após um período de passividade, vai despertando de sua soneca e entrando na briga. J. Howard Sobel e Graham Oppy escreveram livros grandes e eruditos criticando os argumentos da teologia natural, e a Cambridge University Press lançou Companion to Atheism (“Companheiro do ateísmo”) no ano passado. De toda forma, a simples presença do debate na academia prova como é saudável e vibrante a visão de mundo teísta hoje.

Relativismo


Muita gente pode pensar que a reaparição da teologia natural em nossos dias seja apenas trabalho desperdiçado. Afinal, não vivemos em uma cultura pós-moderna, onde o apelo a argumentos apologéticos como esses deixaram de ser eficazes? Hoje, não se espera mais que argumentos para defender o teísmo funcionem. Não por outra razão, cada vez mais cristãos apenas compartilham sua história e convidam outros a participar dela.

Esse tipo de raciocínio carrega um diagnóstico errado, desastroso para a cultura contemporânea. A suposição de que vivemos em uma cultura pós-moderna não passa de mito. Na verdade, esse tipo de cultura é impossível; não poderíamos viver nela. Ninguém é relativista quando se trata de ciência, engenharia e tecnologia – o relativismo é seletivo, só surge quando o assunto é religião e ética. Mas é claro que isso não é pós-modernismo; é modernismo! Não passa do antigo verificacionismo, que sustentava que tudo que não se pode testar com os cinco sentidos é uma questão de preferência pessoal.

Fato é que vivemos em uma cultura que continua profundamente modernista. Se não for assim, não haverá explicação para a popularidade do novo ateísmo. Dawkins e sua turma são inegavelmente modernistas e até científicos em sua abordagem. Na leitura pós-modernista da cultura contemporânea, seus livros deveriam ter sido como água sobre pedra – porém, as pessoas os agarram ansiosas, convictas de que a fé religiosa é tolice.

Sob essa ótica, adequar o Evangelho à cultura pós-moderna leva à derrota. Deixando de lado as armas da lógica e da evidência, deixaremos o modernismo nos vencer. Se a Igreja adotar esse curso de ação, a próxima geração sofrerá conseqüências catastróficas. O Cristianismo se tornará apenas mais uma voz em meio a uma cacofonia de vozes que competem entre si – cada uma apresentando sua narrativa e alegando ser a verdade objetiva sobre a realidade. Enquanto isso, o naturalismo científico continuará a moldar a visão da cultura sobre como o mundo realmente é.

Uma teologia natural consistente é bem necessária para que a sociedade ocidental ouça bem o Evangelho. Em geral, a cultura do Ocidente é profundamente pós-cristã – e este estado de coisas é fruto do iluminismo, que introduziu o fermento do secularismo na cultura européia. Hoje, esse fermento permeia toda a sociedade ocidental. Enquanto a maioria dos pensadores originais do iluminismo eram teístas, os intelectuais de hoje, majoritariamente, consideram o conhecimento teológico impossível. Aquele que se dedica ao raciocínio sem vacilar até o fim acabará ateísta – ou, na melhor das hipóteses, agnóstico.

Entender nossa cultura da forma correta é importante, porque o Evangelho nunca é ouvido isoladamente, mas sempre no cenário da cultura corrente. Uma pessoa que cresce em ambiente cultural que vê o Cristianismo como opção viável estará aberta ao Evangelho – mas, neste caso, tanto faz falar aos secularistas sobre fadas, duendes ou Jesus Cristo! Cristãos que depreciam a teologia natural porque “ninguém se converte com argumentos intelectuais” têm a mente fechada. O valor dessa teologia vai muito além dos contatos evangelísticos imediatos. Ao passo que avançamos no século 21, a teologia natural será cada vez mais relevante e vital na preparação das pessoas para receberem o Evangelho. É tarefa mais ampla da apologética cristã, incluindo a teologia natural, ajudar a criar e sustentar um ambiente cultural em que o Evangelho seja ouvido como opção intelectual viável para pessoas que pensam. Com isso, lhes será conferida permissão intelectual para crer quando seu coração for tocado.

Novos tempos para a apologética

Os princípios irrefutáveis da fé cristã continuam transformando vidas. A despeito de todos os ataques recentes à fé – ou, talvez, por causa deles –, os tempos de hoje constituem a melhor época para apologistas cristãos. Gente como Lee Strobel, William Lane Craig, Ben Witherington III, Darell Bock e J. P. Moreland tem escrito livros, gravado documentários, concedido entrevistas e participado de debates e conferências, sempre apresentando ao público o que, afirmam eles, é uma montanha crescente de evidências científicas e arqueológicas que documentam a verdade do cristianismo.


“A reação da apologética cristã tem relação direta com os desafios que o cristianismo enfrenta, quer na forma de ateísmo militante nas universidades, na internet, em documentários na televisão ou em livros da lista dos mais vendidos”, diz Strobel, ex-editor jurídico do jornal Chicago Tribune e, mais recentemente, autor do livro Em defesa de Cristo – Jornalista ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo.

Dinesh D’Souza, que escreveu What’s So Great About Christianity? (“O que há de tão formidável no cristianismo?”), afirma que os novos ateístas levantam questões que requerem uma apologética do século 21. “A apologética dos anos 1970 e 80 é útil para quem ensina no ambiente das igrejas, mas não é relevante diante das alegações dos novos ateístas, que são muito diferentes”, diz D’Souza. “Os novos ateístas aproveitam a onda provocada pelos ataques do 11 de Setembro e igualam o cristianismo ao radicalismo islâmico. C.S. Lewis e Josh McDowell não trataram dessas questões.”


Essa enxurrada de ataques provocou um aumento inesperado no interesse dos jovens pela apologética. De acordo com Strobel, não faz muito tempo que os eruditos desprezavam a apologética e diziam que no mundo pós-moderno os jovens não se interessariam por assuntos como o Jesus histórico. No verão passado, a entidade Foco na Família, fundada e presidida por James Dobson, realizou uma conferência apologética para adolescentes. Uma multidão de 1.500 jovens ficou do lado de fora, sem conseguir vaga para participar. Enquanto isso, os berços da educação apologética – Universidade Biola e sua Escola de Teologia Talbot, o Seminário Evangélico do Sul e a Universidade Liberty – estão repletos de alunos em busca de formação em filosofia e apologética.

Fascinação


Ao mesmo tempo em que essa fascinação com a evidência do cristianismo toma conta da mente do povo, Craig, D’Souza e outros debatem com os principais filósofos ateístas e liberais estudiosos da Bíblia em universidades e outros fóruns, nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Esses debates costumam atrair milhares de universitários. Os jovens querem saber se é possível defender o cristianismo racionalmente, em pleno século 21. No ano passado, mais de 2 mil estudantes lotaram o Central Hall, em Londres, na Grã-Bretanha, para assistir o debate entre Craig e o biólogo Louis Wolpert sobre o tópico “Deus é uma ilusão?”. O moderador foi John Humphrys, comentarista da BBC.

“Ele ficou atônito”, contou Craig. “E comentou: ‘Olho para esse mar de rostos jovens diante de mim e, quer acredite em Deus ou não, reconheço que alguma coisa está acontecendo. Nunca vi antes tal interesse em assuntos religiosos na Inglaterra.’”

John Bloom, professor de física em Biola, moderou o que foi chamado de “debate selvagem” entre o Projeto Inteligente e o darwinismo. Ele afirma que os desafios recentes ao cristianismo coincidem com o 150º aniversário de publicação da obra Origem das Espécies, de Darwin. Há, ainda, os ataque à imagem neotestamentária de Jesus como Filho de Deus. Witherington, professor de Novo Testamento no Seminário Teológico Asbury, diz que as alegações do Seminário Jesus e outros semelhantes dispararam alarmes entre os estudiosos ortodoxos da Bíblia.

Darrell Bock é professor pesquisador de estudos do Novo Testamento e autor de Dethroning Jesus (“Destronando Jesus”). Bock faz palestras, por todos os Estados Unidos, sobre os evangelhos de Judas e Tomé, usados para alegar que o Cristo do cristianismo foi inventado e que o verdadeiro Jesus é uma figura, digamos, menos divina. “Foi criada uma indústria para desautorizar a Bíblia”, diz Bock. “O alvo é tirar essa leitura cética da Palavra de Deus da torre de marfim e levá-la às praças públicas”.

Do ateísmo à fé

Enquanto isso, os apologéticos cristãos começam a avançar no sentido de mostrar o outro lado da história. D’Souza, ex-analista político na Casa Branca durante a presidência de Ronald Reagan (1980-88), recebeu atenção da mídia internacional ao debater com o bufão ateísta Christopher Hitchens, com o editor da revista Skeptic, Michael Shermer, e outros. Embora Strobel e os outros apelem em primeiro lugar para o intelecto, as pessoas respondem com o coração. Strobel diz que a recente agressão contra a fé abriu uma oportunidade excelente para apresentar Jesus aos não-cristãos. Ele está convicto de que a apologética ajuda a levar as pessoas ao Senhor. Muitos têm alguma dificuldade espiritual – uma dúvida sobre a fé. Mas o autor diz que, assim que encontram uma resposta, o mais comum é cair a última barreira que os separava de Deus.


Uma dessas pessoas foi Evel Knievel, o motociclista ousado que morreu em novembro de 2007. No início daquele ano, ele havia telefonado para Strobel, depois que um amigo lhe deu um exemplar de A Defesa de Cristo. Knievel afirmou que o livro foi o instrumento que o levou a se converter do ateísmo à fé cristã. Strobel, que é fanático por motocicletas desde a infância, tornou-se amigo de Knievel, e conversava com ele toda semana por telefone. Strobel conta que ele foi transformado de forma “surpreendente”: “Sei que a última entrevista que concedeu foi para uma revista só para homens, e ele acabou em pranto, contando sobre o relacionamento com Cristo que havia acabado de descobrir”, aponta. De acordo com o escritor, o rapaz se mostrava imensamente grato. Sabia que havia levado uma vida imoral e se arrependia disso. “Disse-me muitas vezes que gostaria de poder viver de novo para Deus”, continua Strobel, “mas que o Senhor preferiu alcançá-lo em seus últimos dias e levá-lo para o Reino. Ele ficou atônito diante da graça divina. Foi maravilhoso contemplar aquele machão ousado se transformar em um seguidor de Jesus, humilde, cheio de amor e de coração sincero”, encerra.

Fonte: Cristianismo Hoje

A influência das novelas nos comportamentos sociais

Estudos mostram impactos de novela nos comportamentos sociais


Famosas há muito por mostrar praias maravilhosas, personagens carismáticos e representações realistas da vida e das aspirações da classe média, as novelas brasileiras ajudaram a moldar as idéias das mulheres sobre divórcio e filhos de maneira crítica, segundo dois estudos recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Ambos os estudos analisam o papel da televisão e das novelas em influenciar mudanças significativas nas taxas de fertilidade e divórcio no Brasil nas três últimas décadas. As taxas de fertilidade no país caíram mais de 60% desde a década de 1970 e os divórcios aumentaram mais de cinco vezes desde a década de 1980. Durante o mesmo período, a presença de aparelhos de televisão teve uma elevação de mais de dez vezes, estando hoje em mais de 80% das residências.

As descobertas dos dois estudos, Novelas e Fertilidade: Evidências do Brasil, e Televisão e Divórcio: Evidências de Novelas Brasileiras, podem ter implicações importantes para os governos de países em desenvolvimento. As autoridades desses países com freqüência têm dificuldade para educar a população em questões sociais e de saúde pública fundamentais devido à alta taxa de analfabetismo e aos níveis limitados de circulação de jornais e de acesso à internet.

“A televisão desempenha um papel crucial na circulação de idéias, em particular em nações em desenvolvimento com uma forte tradição oral, como o Brasil,” disse o economista do BID Alberto Chong, um dos autores dos estudos. “Os artigos sugerem que alguns programas de televisão podem ser uma ferramenta para transmitir mensagens sociais muito importantes que ajudem, por exemplo, a lutar contra a disseminação da epidemia de Aids e promover a proteção dos direitos de minorias.”

Os dois estudos centram-se na expansão da Rede Globo, o maior grupo de mídia do Brasil e a quarta maior rede de televisão comercial do mundo. A Globo tem ampla cobertura nacional: suas transmissões foram expandidas para 98% dos municípios do país na década de 1990, atingindo 17,9 milhões de residências, em comparação com praticamente zero em meados da década de 1960.

A rápida expansão da Globo durante esses anos e a mudança acentuada de alguns indicadores sociais brasileiros oferecem um campo fértil para pesquisas. Os estudos realizam uma série de testes econométricos com resultados estatísticos consistentes. Utilizam dados demográficos amplos e informações detalhadas sobre a expansão da cobertura dos sinais de televisão e sobre o conteúdo das novelas no Brasil nas três últimas décadas.



Impacto da televisão

Os estudos mostram que a televisão teve um papel importante na influência das percepções das mulheres sobre casamento e família de 1970 a 1991, ao lado de outros fatores bem estudados como aumento dos níveis de instrução e do acesso a contracepção e algumas políticas governamentais.

O primeiro estudo encontrou que as taxas de fertilidade, ou o número de nascidos vivos por mulher em idade reprodutiva, foram significativamente mais baixas em áreas do Brasil alcançadas pelo sinal da rede Globo do que em áreas que não recebiam o sinal.


O impacto sobre o comportamento foi mais forte entre mulheres de famílias pobres e mulheres no meio ou no final de seus anos reprodutivos, sugerindo que a televisão influenciou a decisão de parar de ter filhos, e não de quando deveriam começar a ter filhos.


Em geral, a probabilidade de uma mulher ter um filho em áreas cobertas pelo sinal da Globo caiu 0,6 ponto percentual a mais do que em áreas sem cobertura. A magnitude do efeito é comparável à de um aumento de 2 anos no nível de escolaridade das mulheres. Não houve impacto nas taxas de fertilidade no ano anterior à entrada do sinal da Globo. A exposição constante às famílias menores e menos oneradas que aparecem na televisão pode ter criado uma preferência por ter menos filhos, disse Chong.


A pesquisa de Chong sobre fertilidade e televisão também revelou um impacto relacionado sobre a taxa de divórcios. Embora os dados de apoio não fossem tão amplos, Chong encontrou que a porcentagem de mulheres separadas ou divorciadas também é maior em áreas que recebem o sinal da Globo, em particular em pequenas comunidades em que uma alta proporção da população tem acesso às transmissões da emissora. Essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas. O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo, de acordo com Chong.


O impacto é comparável a um aumento de 6 meses no nível de instrução de uma mulher, o que é um efeito muito significativo quando se leva em conta que a escolaridade média das mulheres no período era de 3,2 anos.

Influência das novelas

Sessenta a oitenta milhões de brasileiros assistem regularmente a novelas noturnas em português. A Globo domina a produção nacional de novelas, as quais geralmente mostram um modelo de família muito específica: pequena, atraente, branca, saudável, urbana, de classe média ou alta e consumista.

O cenário, na maioria das vezes, são as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Em geral, as famílias mais felizes nas novelas são pequenas e ricas, enquanto as famílias mais infelizes são mais pobres e com mais filhos.

Os estudos analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999 nos dois horários de maior audiência: 19 e 20 horas. Sessenta e dois por cento das principais personagens femininas não tinham filhos e 21% tinham apenas um filho. Vinte e seis por cento das protagonistas femininas eram infiéis a seus parceiros.

Os enredos das novelas com freqüência incluem críticas a valores tradicionais. Por exemplo, o sucesso de 1988 da rede, a novela Vale Tudo, apresentava uma protagonista que era capaz de roubar, mentir e enganar a fim de alcançar o seu objetivo de ficar rica a qualquer custo. A Globo também trouxe para a tela estilos de vida modernos e emancipação feminina em novelas como Dancing Days, transmitida em 1978, em que a protagonista feminina era uma ex-presidiária lutando para reconstruir sua reputação e recuperar o amor de sua filha adolescente.

A redução das taxas de fertilidade foi maior em anos imediatamente seguintes à exibição de novelas que incluíam casos de ascensão social, e para mulheres com idades mais próximas da idade da protagonista feminina da novela.

As novelas também influenciaram a escolha dos nomes dos filhos. A probabilidade de que os 20 nomes mais populares em uma determinada área incluíssem um ou mais nomes de personagens de uma novela exibida naquele ano foi de 33% se a região recebesse o sinal da Globo. Em regiões sem acesso à Globo, a probabilidade foi de apenas 8,5%.

"Há ainda indicações sugestivas de que o conteúdo das novelas tenha influenciado também as taxas de divórcio", de acordo com Chong. "Quando a protagonista feminina de uma novela era divorciada ou não era casada, a taxa de divórcio aumentava, em média, 0,1 ponto percentual."

Globo versus SBT

A expansão do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a segunda maior rede de televisão do Brasil, não afetou as taxas de fertilidade no país durante o mesmo período.

Os estudos atribuem esse resultado a diferenças de conteúdo. As novelas da Globo são escritas por autores brasileiros e produzidas no Brasil, enquanto a maioria das novelas do SBT é importada do México, ou usa enredos importados.

"Para afetarem o comportamento, os programas têm que ser percebidos como representações realistas da sociedade brasileira", disse Chong. "O público consegue se identificar facilmente com as situações apresentadas nas novelas da Globo."

As novelas da Globo também têm produção muito mais cara do que as produzidas no México ou em outros países latino-americanos. A Globo gasta em média cerca de US$ 125.000 por capítulo de novela, ou cerca de 15 vezes mais do que qualquer rede da América Latina.

Além disso, as novelas da Globo são filmadas em locais facilmente reconhecíveis e mostram um ambiente de classe média típica que a maioria dos espectadores pode identificar, qualquer que seja a sua situação socioeconômica.

Fonte: Canal Executivo

Via: Folha Gospel